Envolvidos em violência recebem medidas cautelares na Venezuela
A maioria dos 243 jovens detidos para averiguação na Venezuela após o desmantelamento de quatro acampamentos de grupos opositores de extrema direita, em Caracas, foi colocada em liberdade neste fim de semana. Segundo nota do Ministério Público venezuelano, 11 manifestantes continuarão presos acusados, entre outras coisas, de porte ilegal de arma de fogo.
Publicado 12/05/2014 15:01
"Os 36 detidos no acampamento Chacao (leste de Caracas) foram libertados. Eles deverão se apresentar à justiça a cada 15 dias", escreveu no Twitter, Alfredo Romero, um dos advogados da ONG Fórum Penal, após uma audiência.
"A 156 dos acusados foram dadas medidas cautelares", diz a nota do Ministério Público, ao divulgar o número de libertados no sábado (10).
Os quatro acampamentos, organizados por apoiadores do partido Vontade Popular e por outros grupos de jovens de extrema direita, que foram desmantelados em Caracas na madrugada de quinta-feira (8) pela polícia, eram a última face visível dos protestos de rua iniciados em fevereiro que tinham como objetivo a derrubada do governo de Nicolás Maduro.
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Durante o desmonte foram apreendidos, além de drogas, explosivos, morteiros e bombas de gás lacrimogêneo que seriam utilizados, segundo informações da AVN, em atos terroristas e de ataque aos corpos de segurança do Estado.
Como resposta ao fim dos acampamentos aconteceram os opositores iniciaram distúrbios em Chacao. O partido opositor Vontade Popular, do dirigente radical detido Leopoldo López, e os estudantes convocaram novos protestos contra as detenções.
O presidente, Nicolás Maduro, disse que as investigações para apurar os responsáveis pela violência no país estão em andamento.
Da redação do Portal Vermelho.
Com informações da AVN e de agências de notícias.