Visitas comemoram o bicentenário de morte de Aleijadinho
Como parte das comemorações pelo bicentenário da morte do grande mestre da escultura do período colonial no Brasil, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, e a coordenadora de Cultura da Unesco no Brasil, Patrícia Reis, visitam, neste domingo (11), as obras do Museu de Congonhas.
Publicado 09/05/2014 16:59

As instalações estão sendo construídas na cidade mineira de Congonhas, próximas ao Adro do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.
O projeto é uma iniciativa do Iphan, da Unesco no Brasil e da Prefeitura de Congonhas, e vai funcionar como uma sala interpretativa do conjunto. A ideia é que o visitante possa ter uma melhor compreensão dos aspectos artísticos e religiosos do Santuário. O Museu de Congonhas vai abrigar, ainda, um Centro de Estudos da Pedra e espaços para exposições temporárias, seminários e reuniões.
Como parte das atividades de criação do Museu, a Unesco também realizou, em 2011, uma atividade inédita na área de conservação do patrimônio cultural no país: a confecção de modelagem digital, por meio de escaneamento em 3D, dos profetas de Aleijadinho. A medida facilita estudos e monitoramento das peças, além de servir à recomposição em caso de danos às esculturas ,por garantir rigorosa precisão de moldes e réplicas. Além da digitalização, a Unesco iniciou a confecção de moldes em silicone e réplicas em gesso-pedra.
Na mesma data, Iphan e Unesco participam da abertura da 12° Semana de Museus, que este ano acontece em Congonhas por ocasião da celebração do Bicentenário de Morte de Aleijadinho. A Semana evento é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
O mestre
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730. O mais importantes escultor do Brasil-colônia, era filho de um arquiteto português e uma escrava. O apelido veio de uma enfermidade que causou deformidades em seu corpo.
Aos poucos, perdeu os movimentos dos pés e mãos. Um ajudante amarrava as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Mesmo com todas as limitações, trabalhou na construção de igrejas e altares em várias cidades de Minas Gerais, especialmente Ouro Preto, Congonhas do Campo e Sabará.
O Escultor trabalhou em Congonhas no período de 1796 a 1805 e deixou na cidade um excepcional conjunto escultórico, com 66 imagens lavradas em cedro, seis relicários e 12 profetas em pedra sabão. Inúmeras obras sobre o Aleijadinho estão disponíveis nas principais bibliotecas brasileiras. Nas bibliotecas do Iphan, Biblioteca Nacional e Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais os interessados podem consultar uma parte importante deste acervo. Saiba mais em Bibliografia sobre Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Fonte: Iphan/ Ascom / MinC