Secretário da Defesa defende intervenções dos EUA no mundo
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Charles Hagel, defendeu nesta terça-feira (6) a política de intervencionismo de seu país em diferentes partes do mundo e criticou os que preferem ver Washington menos envolvido em conflitos internacionais.
Publicado 07/05/2014 06:46
Quase metade dos estadunidenses, cerca de 47%, opina que seu país deveria ser menos ativo em cenários de guerra, demonstrou em março uma pesquisa do diário The Wall Street Journal e a emissora NBC News.
Ainda assim, os estadunidenses são cada vez mais céticos sobre a necessidade de intervir no cenário mundial. “É errôneo perceber estas responsabilidades como um ônus ou um ato de beneficência, é de nosso interesse nacional intervir nesses conflitos”, sustentou Hagel durante um discurso na cidade de Chicago.
A partir de 2001, com os atentados terroristas de 11 de setembro em Nova Iorque e Washington, o governo estadunidense se envolveu em intervenções bélicas no Afeganistão (2001) e Iraque (2003), com o saldo de milhares de soldados mortos e bilhões de dólares gastos em equipamento militar.
Ante a crise econômica que golpeou o país em 2007, a administração do presidente Barack Obama decidiu pela retirada das tropas de ambos os países pela insustentabilidade de tais frentes de guerra, como demonstram diferentes registros.
Os problemas financeiros têm obrigado a significativas reduções no orçamento do Pentágono e do contingente militar.
Não obstante, os Estados Unidos destinarão este ano mais de 600 bilhões de dólares para suas despesas bélicas.
Na semana passada, Hagel chamou os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a elevar suas despesas de defesa, em momentos de intensificação das divergências com a Rússia.
Prensa Latina