Rede de espionagem tenta sabotar diálogo de paz na Colômbia

O escritório funcionava de modo irregular e foi ocupado na madrugada desta terça por uma operação de 30 funcionários do Corpo Técnico de Investigação da Promotoria Geral colombiana. "Neste escritório foram interceptados as contas de e-mail do chefe de imprensa das Farc, uma conta institucional do governo e dois e-mails de jornalistas cubanos. [Os responsáveis desta agência] queriam afetar o processo de paz e ameaçar a segurança nacional", disse o promotor.

Montealegre esclareceu que o escritório não pertence nem do exército, nem da polícia. No mês de fevereiro deste ano, uma investigação da Revista Semana revelou que membros do exército colombiano espionavam os representantes do diálogo de paz, que atualmente acontecem em Havana. Desta vez, no entanto, os interceptadores não parecem ter nenhuma ligação com este caso anterior.

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Andres Sepulveda Fernando Ardila, especialista em sistemas de comunicação, foi preso no local onde funcionava o escritório e deverá responder perante um juiz a quatro acusações, incluindo violação ilegal, interceptação de dados e espionagem.

Segundo Montealegre, Sepúlveda que não pertence a qualquer órgão do Estado, e é "uma pessoa que negocia e vende esse tipo de informação no mercado (…) pudemos constatar que este homem tinha bancos de dados de membros das Farc".

Em 6 de fevereiro, o chefe da delegação de paz das Farc, Iván Márquez, afirmou que o ex-presidente Álvaro Uribe estaria "por trás" de escutas ilegais. "Não esqueçam que ele é o inimigo público número um da paz na Colômbia", disse ele em Havana.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da Telesur