Governo não cumpre acordo com a Polícia Militar
No ano de 2014 a polícia militar do Maranhão enfrentou a segunda greve em 177 anos de fundação. Coincidentemente ambas aconteceram durante a administração da governadora Roseana Sarney.
Publicado 22/04/2014 10:19 | Editado 04/03/2020 16:46
Constitucionalmente os militares são impedidos realizar esse tipo de movimento, porém, o descaso com a instituição em nosso estado é tamanho, que nas duas ocasiões, a classe não encontrou alternativa que não fosse cruzar os braços.
O último movimento paredista teve fim após uma semana de discussões e manifestações por parte dos trabalhadores. O então secretário estadual de saúde, e agora também secretário de segurança, Ricardo Murad, se comprometeu a atender às reivindicações dos policiais. Dez dias após as promessas que resultaram no fim da greve, nenhuma das reivindicações foi atendida, são elas:
-Anistia total e incondicional a todos;
-Escalonamento vertical;
-40h semanais;
-Concurso Público, abrindo 500 vagas só para a PM;
-18% de aumento referente ao aumento concedido a todas as classes, exceto PM e BM;
-Melhores condições de trabalho;
-Cumprimento do acordo de 2011 que é o código de ética, insalubridade, adicional noturno, lei da promoção.
O deputado estadual Rubens Jr. (PCdoB), usou a tribuna na manhã desta terça-feira (15) para cobrar do governo o cumprimento do acordo. “Infelizmente o governo dá sinais claríssimos que não irá cumprir o acordado. Digo especificamente em dois pontos: Além da ausência de projeto de lei ou medida provisória que garantiria o reajuste da categoria para o ano de 2015, há o descumprimento do primeiro item, que é a anistia ampla, geral e irrestrita do movimento.”
O líder da oposição destacou os casos do soldado Leite e do Cabo Campos, ambos acusados de liderar o movimento paredista e que tiveram os processos disciplinares reabertos após o fim da greve. Uma comissão disciplinar foi montada e deve julgar os dois casos na próxima quinta-feira (17).
Abaixo temos imagens que mostram a Portaria assinada pelo comandante geral da PM, Coronel Zanoni Porto, e do presidente do conselho de disciplina da PM, Major Protázio: