El Salvador avança transição de governo prevendo diálogo político

Os salvadorenhos terminam o período de recesso da semana santa, em que os temas da intensa agenda política de seu país ficaram suspensos, para a retomada de temas fundamentais, o processo de transição para o novo governo do presidente eleito, Salvador Sánchez Cerén, da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN). Um dos tópicos em pauta é o plano fiscal do novo governo e o diálogo nacional com todos os setores políticos.

FMLN - Portal del Sur

Os trabalhos entre as futuras autoridades e a administração do presidente Mauricio Funes começaram desde meados de março em um clima de harmonia, asseguram as partes. O secretário-geral da FMLN, Medardo González, assinalou que o tema fiscal é importantíssimo para a comissão que trabalha nesse processo.

González detalhou que revisam integralmente todo o trabalho dos diferentes ministérios e até este momento não entraram em um processo de estudo pasta por pasta, o que será em uma segunda etapa.

O secretário-geral agregou que o primeiro tema tratado pela comissão foi o promotor, que qualificou como "batata quente", pela importância que tem para o país. Sobre essa base, sublinhou que as políticas do governo de Sánchez Cerén neste aspecto nunca estarão focadas em afetar a população com cortes orçamentais como ocorre em outras partes do mundo.

"Ao contrário, estamos em condições de garantir a continuidade dos programas sociais que são de muita importância tanto para o atual governo de Mauricio Funes como para o novo," disse.

González apontou que o chamado feito pelo presidente eleito a um grande diálogo nacional com todos os setores políticos, econômicos e sociais do país é um mecanismo que será privilegiado, e recordou que já foram iniciadas conversas com a opositora Aliança Republicana Nacionalista (Arena) e com a Associação Nacional da Empresa Privada (Anep).

As conversas com esses e outros setores da oposição de direita continuarão nos próximos dias, de acordo com anúncios do vice-presidente eleito, Oscar Ortiz. "Nós desejamos dar demonstrações de que queremos entendimentos e o presidente eleito tem acreditado fundamentalmente em criar um diálogo com a patronal empresarial e com setores de oposição," afirmou Ortiz.

Com Prensa Latina,
Da Redação do Vermelho