Publicado 14/04/2014 11:26 | Editado 04/03/2020 17:16
A cáustica campanha de inspiração político-partidária que desvirtua a Copa para minar o governo tenta, mas não consegue tapar o sol com a peneira. A Copa é boa para o Brasil, entusiasma torcedores de todo o mundo, gera negócios capilarizados na sociedade e constrói um legado de benefícios para uso cotidiano da população. Parodiando a música de Capiba, a Copa é madeira que cupim não rói – não o cupim ideológico atiçado para prejudicar um megaevento esportivo disputado pelos países desenvolvidos. Se aqui não é tratado por alguns com a dimensão colossal que encerra é porque os adversários do governo torcem contra a bola para terem sucesso na urna.
Na parte que lhe toca, o Governo Federal não esconde nem disfarça os problemas pertinentes a uma empreitada dessa magnitude. Nem poderia sequer tentar fazê-lo, pois a Copa e obras associadas a ela, que não se esgotam no curto período do torneio, têm sido escrutinadas com lentes de aumento que exageram os problemas. As previsões são sempre catastróficas e fora da realidade. Chegou-se a dizer que o Maracanã só ficaria pronto em 2038, mas o estádio foi reinaugurado 25 anos antes do prazo surrealista, e deslumbrou o mundo na Copa das Confederações em junho de 2013.
O sucesso desse torneio, realizado em seis das doze cidades-sedes, demonstrou que se as coisas não saem perfeitas muito menos configuram o desastre apregoado pelos fracassomaníacos. Aos que dizem que o Mundial da Fifa trará prejuízos, um estudo da Fipe acaba de revelar que a Copa das Confederações gerou um movimento de R$ 20,7 bilhões na economia.
Um turbilhão de fatores em curso mostra que a Copa é fator de progresso e bem-estar – em todos os campos, inclusive na possibilidade de ganharmos o hexa por jogar em casa. Mas esta é a cartada final dos marqueteiros do fracasso: torcer pela derrota da Seleção brasileira em pleno Maracanã – de preferência contra a Argentina.
*Aldo Rebelo é ministro do Esporte e deputado federal licenciado pelo PCdoB-SP
Fonte: Diário de S. Paulo