Egito aplicará sanções contra a Irmandade Muçulmana

O governo egípcio anunciou nesta quinta-feira (10) que a partir desta semana aplicará aos membros da Irmandade Muçulmana (IM, islamistas) as severas sanções estabelecidas por uma lei antiterrorista recentemente promulgada.

As sanções serão aplicadas a qualquer membro da IM, pessoas que a apoiem por escrito, de maneira verbal ou de qualquer outra forma e àqueles que lhe doarem fundos, declara um anúncio oficial divulgado nesta quinta ao meio-dia.

Os "ajuan" (irmãos, em árabe), nome utilizado pelos egípcios para designar os integrantes da congregação, foram ilegalizados em setembro passado e incluídos na lista de grupos terroristas em dezembro.

O Poder Judicial aprovou a decisão em fevereiro deste ano.

Os meios de comunicação não informam se os integrantes do grupo encarcerados depois da deposição do presidente Mohamed Morsi, no dia 3 de julho passado, membro da cúpula da Irmandade Muçulmana (IM), estão sujeitos às provisões da lei, aprovada depois de um atentado com dinamites dias atrás na Universidade do Cairo, onde morreu um general da Polícia.

De acordo com a nova regulação, os responsáveis por atos qualificados como terroristas são passíveis da pena capital.

O anúncio oficial acrescenta que os Estados membros da Convenção Árabe sobre a Exclusão do Terrorismo serão notificados da decisão.

As autoridades interinas egípcias informaram a inclusão da Irmandade Muçulmana entre os grupos terroristas da Liga Árabe e pediram aos demais membros do organismo regional que a aplicassem em seus territórios.

Fonte: Prensa Latina