Manifestação na Copa não será cerceada pelas Forças Armadas
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (9) que a atuação das Forças Armadas na Copa do Mundo não pretende cercear o direito de manifestação da população. O ministro ponderou, contudo, que os militares não estão pedindo para atuar no controle de manifestações e sim convocados.
Publicado 09/04/2014 16:34
Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Amorim frisou que Marinha, Exército e Aeronáutica atuarão, prioritariamente, na defesa do espaço aéreo, fronteira, no controle de explosivos, armamento químico e na defesa cibernética. Mas manterão também uma "força de contingência" para casos em que seja necessário "garantir o emprego da lei e da ordem".
"Concordo que as manifestações têm que ser preservadas e não há no manual da lei e da ordem previsão de cerceamento. Na segunda edição fizemos uma revisão para evitar ambigüidades e má interpretações. Expressões como forças oponentes. O manual é como um paralelo usado pelas forças da Missão de Paz das Nações Unidas. Elas procuram dar clareza para que os militares envolvidos nessas ações não se excedam e saibam como se portar", argumentou Amorim.
Na audiência, Amorim defendeu ainda o aumento dos investimentos do país na área de defesa. Segundo ele, atualmente o Brasil investe anualmente 1,5% do Produto Interno Bruto, abaixo da média dos países que formam os Brics (grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O ministro defendeu que os investimentos no setor sejam elevados gradualmente até 2% do PIB.
Amorim classificou como grande destaque no desenvolvimento da defesa nacional a aquisição dos caças suecos Gripen-NG para a Força Aérea (o chamado programa FX-2). “Como vamos produzi-los em conjunto, muitas empresas nacionais estarão envolvidas no projeto em áreas como fibra de carbono, por exemplo”, pontuou.
Fonte: Agência Brasil