Trabalhadores da construção civil fortalecem greve em Salvador
Na tarde desta terça-feira (01), cerca de quatro mil trabalhadores e trabalhadoras do ramo da construção civil, em Salvador, Bahia, participaram da assembleia no Largo São Bento junto com a direção do Sintracom-Ba, e saíram em passeata pelas ruas do centro da cidade, em protesto pela demora dos patrões em apresentar uma proposta decente. Em greve, a categoria decidiu pela continuação, até que os patrões acatem a pauta de reivindicações.
Publicado 02/04/2014 16:12
Os operários estão na segunda semana da greve e a categoria está unida e consciente que é preciso lutar para conquistar e avançar nas melhorias. Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial e nos itens econômicos, acréscimo de R$ 40 na cesta básica para todos os trabalhadores – independente do número de empregados, contrato de experiência de 30 dias, correção do piso salarial do cadastrista (tabela Embasa) e manutenção do aviso prévio indenizado, que consta na Convenção Coletiva de Trabalho e os empresários querem retirar. Entretanto, o patronato propõe reajuste salarial de 5,56%, aviso prévio trabalhado e contrato de experiência de 90 dias.
Na Srte (Superintendência do Trabalho e Emprego), foi feito um ato em protesto à falta de interesse dos patrões em encaminharem uma proposta justa para os trabalhadores. A proposta enviada pela mediação do SRTE, como forma de fechar um acordo, desagradou à categoria e os patrões por sua vez só dariam uma resposta na sexta-feira (04).
A proposta enviada consta um reajuste de 6% retroativos a janeiro e 2% em julho; acréscimo de R$ 20 na cesta básica, em 1º de maio. Além da redução do contingente para recebimento de cesta básica para todos os trabalhadores; contrato de experiência e subcontratação seria ajustado durante o ano de 2014. Isso não atendeu os anseios, e os trabalhadores ficam sem opção. Resta continuar a greve e buscar em outra instância uma solução para o impasse.
No Srte foi feito um minuto de silêncio em homenagem aos que resistiram ao golpe militar no Brasil em 1964. Aurino Pedreira, presidente da CTB-BA falou da importância de celebrar a conquista do povo brasileiro, através de muita luta, o direito a democracia, livre de um regime ditatorial.
Fonte: CTB