Reforma política: Partidos unem-se contra proposta “frankenstein”

“Nós conseguimos reunir sete partidos, sendo que dois também estão conosco, nessa resistência à votação da PEC que foi assinada pelo deputado Cândido Vacarezza sobre a reforma política”, anunciou Jandira, destacando que a proposta é um “frankenstein”, que só vai gerar a piora da situação eleitoral atual e aumentar a restrição democrático do povo de se organizar e se representar.

“Essa proposta não resolve nenhum dos problemas centrais da democracia nas eleições, principalmente sobre o financiamento de campanha, piora, porque inclui concessionárias de serviço públicos, fundos de empresas, sindicatos como doadores de campanha; cria cláusula de barreira, aumenta as dificuldades para um deputado se eleger; e mistura voto proporcional e distrital”, explica a parlamentar sobre a resistência de votar a proposta da reforma política, que saiu de uma comissão informal da Câmara.

Segundo Jandira, “organizamos para evitar que ela entre na pauta e garantir um debate mais amplo, inclusive trazendo a proposta da OAB, CNBB, por eleições limpas e criar possibilidade que o debate se amplie e a gente possa fazer uma reforma política verdadeira”.

Na manhã desta quarta-feira, a deputada e demais parlamentares engajados nesse esforço, participaram de um café da manhã da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, na Sede da CNBB, em Brasília, quando foi dado seguimento à discussão do plano de mobilização; planejamento da atividade parlamentar dentro e fora do Congresso e formação do Grupo de Trabalho de Apoio ao Projeto Reforma Política Democrática e Eleições Limpas no parlamento.

As legendas que participaram da reunião na liderança do PCdoB foram o Psol, PTB, PSC, PRB e o DEM. E os que não participaram, mas manifestaram apoio a decisão de se contrapor ao projeto são o PDT, PSD e PR.

De Brasília
Márcia Xavier