“Nenhuma obra é mais fiscalizada que as da Copa”, diz Aldo
Perguntado sobre o último relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) que apontou superfaturamento das obras no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha de mais de R$ 431 milhões, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta terça-feira (1º/4) que “no Brasil, não há nenhuma obra mais fiscalizada e mais acompanhada do que as obras da Copa”.
Publicado 01/04/2014 12:25
“O governo do Distrito Federal já respondeu a isso [suspeita de superfaturamento da obra]. Nenhuma obra tem um ministro do Tribunal de Contas que cuide exclusivamente dessas obras e a Copa do Mundo tem. Em alguns estádios, chega-se a ter a presença de até 11 órgãos de controle acompanhando essas obras. É natural que quando algum ou alguns desses órgãos apontem alguma irregularidade, elas sejam apuradas e esclarecidas”, disse Rebelo, ao participar da abertura da reunião de planejamento operacional para a Copa do Mundo em Brasília.
O TCDF divulgou relatório no qual aponta que o valor total das obras de infraestrutura e serviços do Mané Garrincha e entorno para a Copa pode passar de R$ 1,9 bilhão. O governo do Distrito Federal nega irregularidades ou superfaturamento na obra do estádio e diz que esse é um relatório preliminar, usual nos procedimentos do TCDF, que lista itens pontuais para esclarecimentos.
O GDF diz ainda que o investimento total no Mané Garrincha alcança R$ 1,4 bilhão, valor que ainda pode ser reduzido para R$ 1,2 bilhão em virtude da previsão de abatimento de créditos do Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização dos Estádios de Futebol (Recopa).
Sobre a suspeita de superfaturamento no Mané Garrincha, o secretário extraordinário da Copa, do GDF, Cláudio Monteiro, disse que é “uma suspeita inexistente”. “O Tribunal de Contas tem um escritório permanentemente dentro do estádio, acompanhou dia a dia cada andamento dessa obra. É a turma do fura-bolo, que quer estragar a festa. Vamos responder ao levantamento com toda a serenidade”, disse.
A 72 dias do início da Copa, representantes dos governos federal e do Distrito Federal estão reunidos nesta terça-feira no estádio para discutir medidas nas áreas de transporte e mobilidade urbana, aeroportos, segurança pública, demanda de ingressos, telecomunicações, acomodações e receptivo turístico, saúde, vigilância sanitária e energia, consideradas cruciais na preparação do megaevento.
O estádio vai receber sete jogos da Copa, número máximo permitido pela Federação Internacional de Futebol na competição. O Mané Garrincha vai sediar um evento-teste antes da Copa com a partida Goiás e Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 18 de maio.
Agência Brasil