UJS adere a campanha em repúdio ao resultado da pesquisa do Ipea
A pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada na semana passada, mostrou o que o movimento feminista já vem alertando há muito tempo, vivemos em uma cultura do estupro. 65,1% das pessoas que participaram da pesquisa acreditam que a mulher que usa roupas decotadas merece ser atacada.
Publicado 31/03/2014 17:38
Em repúdio a esses 65,1%, a jornalista e escritora Nana Queiroz criou a campanha “Eu não mereço ser estuprada”, que fez muito sucesso nas redes sociais nesse final de semana (29 e 30), prorrogada até o dia 01/04. A campanha consiste em publicar uma foto como forma de protesto na sua rede social, com as hashtags #Eunãomereçoserestuprada #Ninguémmerece.
A repercussão da campanha mobilizou tanto mulheres quanto homens contra a culpabilização da vítima. No entanto, muitas pessoas entraram na campanha para mostrar que esses 65,1% são bem reais. Muitos homens apareceram para ameaçar de estupro às participantes da campanha e sua idealizadora. As ameaças foram encaminhadas para a polícia.
Entre os participantes da campanha, muitas meninas e mulheres relataram os abusos que sofreram, publicando foto com a roupa que estavam vestindo na ocasião, e receberam mensagens de incentivo e carinho. Campanhas como essa são importantes para combater a cultura do estupro e dar voz às vítimas.
Muitas militantes da UJS publicaram fotos em seus perfis pessoais que foram republicadas na página oficial da entidade no Facebook.
Fonte: UJS