Paraguai: campo e cidade estão unidos pela greve geral
O dirigente da Federação Nacional Camponesa, Marcial Gómez, disse que os do campo e da cidade estão unidos no Paraguai impulsionando a greve geral convocada para esta quarta-feira (24) e reclamando a revogação da privatizadora Lei de Aliança Público-Privada.
Publicado 24/03/2014 11:26
Em declarações à Prensa Latina, Gómez confirmou que, desde este domingo (23), os camponeses se encontram em pontos centrais das estradas de sete departamentos realizando assembleias e bloqueios intermitentes no trânsito como parte dos protestos.
Trata-se dos departamentos de Concepción, San Pedro, Caaguazú, Caazapá, Itapúa, Canindeyú e Guairá. Todos com grande presença de camponeses que nesta segunda-feira (24) partem em uma grande marcha em direção à capital do país, Assunção, para na quarta-feira compor a greve com os trabalhadores da cidade.
“Estamos completamente unidos com os trabalhadores impulsionando o pedido de revogação dessa lei que possibilita ao Poder Executivo dispor de todas as riquezas do país como as empresas de serviço, as geradoras de capital e consumo e os recursos naturais agora nas mãos do Estado”, disse o dirigente.
Gómez explicou que isso significará o roubo de ditas riquezas a favor dos grandes capitais privados nacionais e internacionais e destacou que o demandado por sindicalistas e camponeses é uma política de desenvolvimento nacional precisamente através desses recursos.
Segundo o dirigente, todos os setores populares estão dispostos a denunciar o que chamou de “política entreguista e antinacional” levada a cabo pelo governo do presidente Horacio Cartes.
“Para nós é sumamente importante fortalecer essa luta e a aliança entre todos, e é nesse contexto que a marcha camponesa e a greve geral se convertem em uma realidade”, manifestou.
Gómez explicou que a marcha camponesa e a greve geral também rejeitarão energicamente as prisões, perseguições e assassinatos dos dirigentes de base críticos ao modelo econômico e social, que o governo atual quer impor ao povo paraguaio.
Fonte: Prensa Latina