Trabalhadores em educação prometem parar o Brasil
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou uma paralisação para esta segunda-feira (17), terça (18) e quarta (19) para defender a lei do piso salarial, uma política de carreira e jornada de trabalho adequada aos profissionais da educação. “Não é apenas a questão salarial”, diz Marilene Betros, dirigente da CTB. “É a nossa luta pelo respeito à lei 11.738/2008 sobre o piso salarial nacional para os profissionais da educação no país”, defende.
Publicado 17/03/2014 08:23
Marilene desafia prefeitos e governadores que se recusam a pagar o piso se escudando na Lei de Responsabilidade Fiscal “a comprovar isso perante o governo federal e buscar os recursos necessários com o Ministério da Educação (MEC)”. Além da questão salarial, os trabalhadores em educação reivindicam uma jornada compatível com o “bom desempenho de suas funções”, garante a cetebista, que também é dirigente da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia. “Defendemos ainda a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e dos royalties de petróleo para transformar a educação pública em prioridade nacional com valorização dos profissionais do setor”, reforça.
De acordo com ela, “os profissionais da educação precisam de 1/3 de sua jornada para se dedicar aos estudos, para a preparação das aulas, a correção de provas, enfim para desenvolver todas as atividades e dessa maneira desempenhar melhor o seu trabalho”. Outra questão que aflige os trabalhadores em educação no país trata-se da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita a 4 anos no Congresso Nacional. “Mas defendemos a aprovação do relatório da Câmara dos Deputados, aprovado em 2012. Não traz todas as reivindicações dos profissionais do setor, mas é bem melhor do que as emendas feitas no Senado no ano passado”, sintetiza.
“Todas as manifestações e pesquisas recentes mostram grande preocupação da sociedade com a educação e nós acreditamos que ela deve ser entendida como estratégica para o desenvolvimento autônomo do país”, pondera Marilene. Isso porque "educação pública de qualidade interessa a todos e deve ser encarada com muita seriedade por governantes, profissionais do setor, estudantes e toda a sociedade. O país não pode mais protelar valorizar a educação pública para melhorar a vida de todos", reforça. "Cruzar os braços agora para sermos respeitados e valorizados."
Fonte: CTB