Como alternativa à OEA, Unasul discutirá crise na Venezuela
Chanceleres dos 12 países que integram a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) se reunirão, nesta quarta-feira (12), no Chile, para discutir a crise política na Venezuela que, há semanas, tem enfrentado ações de grupos violentos que já provocaram a morte de mais de 20 pessoas entre policiais e civis.
Publicado 10/03/2014 16:26
A data foi escolhida para coincidir com a posse da presidenta eleita do Chile, Michelle Bachelet, mas não faz parte dos eventos ligados à assunção da presidenta. A reunião, no entanto, não será tratada no âmbito presidencial: "os chanceleres estão com reunião [marcada] para o dia 12 [quarta-feira] e vão se dedicar ao tema da Venezuela. Os presidentes podem fazer o que creem melhor, mas, no momento, houve consenso que o tema será tratado na reunião de chanceleres", declarou o subsecretário do Itamaraty para a região, Antônio Simões, à Agência Brasil.
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O encontrou foi solicitado pela Venezuela, para debater as questões internas sem as contumazes ingerências da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em entrevista à TV Multiestatal TeleSUR, o chanceler da Venezuela, Elias Jaua, afirmou que durante o encontro será feita "a análise das causas e consequências dessa nova agressão contra a democracia venezuelana".
"Estamos dispostos a trabalhar conjuntamente com a Unasul num maior aprofundamento do diálogo entre os venezuelanos, a partir dos venezuelanos, para conseguir a estabilidade política e definitivamente erradicar a ameaça que significam esses grupos violentos, que de tempo em tempo, arremetem contra a institucionalidade democrática da Venezuela e contra os valores democráticos da região sul-americana", disse o diplomata.
De acordo com informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo, a presidenta Dilma Rousseff está preocupada com a tensão crescente na Venezuela e acredita que a Unasul pode cumprir um papel importante como aconteceu em 2008, quando a Bolívia passou por uma crise que desestabilizou o governo de Evo Morales e o processo foi contido.
“Nós vamos decidir sobre a verdade”, afirmou o presidente Rafael Correa à Europa Press, que acrescentou que "a realidade é que o perseguido é o governo legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro é humanista e jamais será capaz de reprimir sua própria gente".
Da Redação do Portal Vermelho,
Vanessa Martina Silva, com agências