ONU pede calma e diálogo na Ucrânia após mais violência

A comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu nesta quarta-feira por calma e diálogo na Ucrânia, depois de na terça-feira 22 pessoas terem morrido em consequência da escalada nos distúrbios protagonizados por opositores.

"Condeno a perda de vidas e chamo o Governo e os manifestantes a atuar em função de reduzir tensões e encontrar uma solução pacífica à crise em curso", assinalou em um comunicado. Pillay também pediu uma investigação independente sobre os acontecimentos para estabelecer responsabilidades.

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Nos últimos dias, setores violentos da oposição tentaram tomar a sede do Parlamento, postura atribuída ao objetivo de pressionar uma votação extraordinária em favor da Constituição de 2004, aprovada no contexto da chamada revolução laranja, apoiada pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE).

Apesar dos protestos terem se concentrado na capital, Kiev, foram difundidas diversas notícias sobre ataques e ocupações de edifícios oficiais em outras regiões do país.

O governo da Ucrânia tem denunciado que os constantes distúrbios demonstram a falta de vontade de líderes opositores de procurar uma saída negociada à crise, que em suas origens – no final do ano passado – esteve relacionada a demandas de integração à Zona do Euro.

Atualmente, a postura dos antigovernamentais é interpretada por analistas como uma tentativa de derrubar o executivo, para dar passo a eleições antecipadas.

Tal cenário vincula-se à recente visita à Alemanha de chefes das frações opositoras Batkivshchina (Pátria), Arseni Yatseniuk, e Udar (Golpe), Vitali Klitchko, este último o preferido da UE e tido por setores de esquerda como marionete da Alemanha.

Com informações da agência Prensa Latina