Nova onda de violência no Iraque desloca 300 mil pessoas

A crescente onda de violência das últimas semanas na província de Al-Anbar, no oeste do Iraque, causou o deslocamento forçado de 300 mil pessoas, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), em informações divulgadas nesta terça-feira (11).

Iraque - Cruz Vermelha

De acordo com um relatório da agência, o aumento da violência e a insegurança nas últimas semanas obrigaram 50 mil famílias a fugirem das cidades de Fallujah e Ramadi, da maior província iraquiana, Al-Anbar, onde as forças de segurança combatem o chamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Síria), uma organização extremista e terrorista brutal.

Autoridades locais estimam que serão necessários US$ 35 milhões (R$ 84 milhões) para lidar, inicialmente, com as urgências humanitárias consequentes da crise na província, de acordo com a Acnur.

Os deslocados estão se abrigando em escolas, mesquitas e outras instalações públicas nas redondezas da própria província, ainda que 60 mil tenham buscado refúgio em outros territórios, informa a agência da ONU.

Desde 30 de dezembro de 2013, uma nova onda de violência foi impulsionada na província de Al-Anbar, que faz fronteira com a Síria, a Arábia Saudita e a Jordânia. O grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante recebe apoio direto e fundamental do regime saudita, de acordo com especialistas, para o combate às tropas do governo sírio, em um conflito que tem se espalhado pela região.

No Iraque, os combates concentram-se nas cidades de Fallujah e Ramadi, com batalhas brutais entre o grupo e as forças de segurança. Entretanto, os extremistas cercam partes destas cidades há semanas.

O governo iraquiano também acusa países vizinhos como a Arábia Saudita de respaldar o grupo em suas ações terroristas, acusado por organizações como o Observatório de Direitos Humanos (HRW, na sigla em inglês) de cometer crimes contra a humanidade.

Da redação do Vermelho,
Com informações da HispanTV