Filme venezuelano ganha Prêmio Goya
Azul y no tan rosa (Azul e não tão rosa) foi reconhecido pela Academia do Cinema Espanhol como a melhor obra cinematográfica ibero-americana. A obra prima do diretor e ator Miguel Ferrari recebeu o Prêmio Goya, o Oscar do cinema espanhol, por melhor filme ibero-americano, superando A jaula de ouro, O médico alemão e Glória, produções do México, Argentina e Chile.
Publicado 11/02/2014 15:33
O prêmio chega em um momento de resplendor para o cinema local. Em setembro, outra produção venezuelana, Pelo malo (Cabelo ruim), de Mariana Rondón, recebeu a Concha de Ouro, o prêmio máximo no festival do cinema de San Sebastián, no norte da Espanha. Ambos os filmes são uma luz contra a intolerância e a homofobia que caracterizam a sociedade. Também em 2013 La distancia más larga (A distância mais longa), de Claudia Pinto, recebeu o prêmio de Melhor Filme Latino-americano do Festival de Montreal, outra premiação de classe A.
O diretor Miguel Ferrari, comovido, em lágrimas, subiu ao palco para receber o prêmio acompanhado de parte do elenco e da produção: os venezuelanos Guillermo García, Hilda Abrahamz, Daniela Alvarado e o espanhol Nacho Montes. Com a diretora de fotografia, Alexandra Henao, houve um momento de cumplicidade entre a lista de agradecimentos que fez. “Foi meus olhos”, disse enquanto lhe dava a mão. “Este é o primeiro Goya para Venezuela”.
Desde de novembro de 2012, quando estreou, Azul y no tan rosa acumulou mais de meio milhão de espectadores nos longos meses que permaneceu em cartaz. A prova de seu sucesso comercial poderia ser medido em números: entre janeiro e setembro de 2013, das 2.020.000 pessoas que foram assistir alguma produção venezuelana, 436.000 eram espectadores de Azul y no tan rosa.
Fonte: El País