Irã dará resposta aos EUA com povo nas ruas
O ministro iraniano do Exterior, Mohamad Yavad Zarif, confia em que o povo persa dê uma resposta contundente às recentes declarações das autoridades estadunidenses na marcha pelo aniversário da Revolução Islâmica, em 11 de fevereiro.
Publicado 07/02/2014 04:21
“Os comentários de autoridades estadunidenses não têm valor e serão respondidos pelos iranianos na marcha que realizarão por motivo do 35º aniversário da Revolução Islâmica do Irã”, disse Zarif na quinta-feira (6).
A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, Wendy Sherman, alegou na terça-feira (4) que o Irã não precisava de uma parte de suas instalações nucleares, como o sítio de enriquecimento de Fordo e o reator de água pesada de Arak, ambos no centro do Irã, “para ter um programa nuclear civil”.
Um dia depois, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, criticou a França por ter enviado uma delegação empresarial ao Irã e sublinhou que a maioria das sanções comerciais continua de pé e que Teerã "não está aberto para fazer negócios".
O chanceler iraniano considera que tais afirmações não têm nenhuma relação com a realidade e só são feitas com a finalidade de convencer os extremistas e grupos de senadores que se opõem à solução diplomática dos problemas relacionados à questão nuclear iraniana.
“Não se deve levar tais posturas a sério. Os responsáveis estadunidenses fazem declarações para distorcer a realidade e por isso publicaram um texto falso sobre o acordo nuclear de Genebra, tudo para satisfazer as exigências dos grupos de pressão”, argumentou.
Zarif lembra que a resistência da nação iraniana obrigou o Ocidente a reconhecer o direito de Teerã ao enriquecimento do urânio e o presidente estadunidense, Barack Obama, a admitir sua incapacidade de conseguir “a opção na qual o Irã desmantelasse até o último parafuso o seu programa nuclear e inclusive abandonasse para sempre a possibilidade de ter um programa nuclear”.
Ademais, referiu-se à presença maciça dos iranianos nas eleições presidenciais de 14 de junho de 2013, considerando-a mais um sinal da resistência do povo persa diante das políticas de poderes hegemônicos.
Hispan TV