Candidato da FMLN defende unidade para o 2º turno em El Salvador
O candidato salvadorenho à presidência da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), Salvador Sánchez Cerén, assegurou nesta terça-feira (4) que a aproximação com outros setores é para discutir um projeto de país sobre a base das necessidades do povo. “Em qualquer aliança o fundamental é respeitar sua identidade, sua essência, porque nosso partido é respeitoso”, afirmou Sánchez Cerén em entrevista para a televisão local.
Publicado 04/02/2014 17:16
Salvador Sánchez Cerén obteve 48,92% dos votos nas eleições do último domingo (2) e concorrerá ao segundo turno em El Salvador. O próximo presidente irá substituir Mauricio Funes, primeiro governante eleito pela FMLN após a guerrilha formar um partido.
A respeito de um possível acordo com a coalizão Unidade, que apresentou como candidato o ex-presidente Elías Antonio Saca (2004-2009), o candidato da FMLN disse que apesar do grupo ser de direita é dado ao diálogo.
“A Unidade, em sua campanha, apoiou os programas sociais, e Saca em seu governo também começou algumas iniciativas destinadas a favorecer a população mais vulnerável”, recordou Sánchez Cerén.
Segundo ele, “é preciso dar espaço a todos, mas quando existem temas de entendimento. E não se trata de comprar nem absolver ninguém, mas sim de atrair aqueles que querem construir um país para todos”. Para o candidato é importante “discutir um projeto de nascimento sobre a base do que o povo precisa”.
“Acreditamos na unidade na diversidade”, reiterou Sánchez Cerén ao mesmo tempo em que assinalou que “dentro da própria FMLN há diversidade de ideias e por isso temos nossos debates".
O candidato e líder histórico do FMLN afirmou ainda que seu objetivo principal é fazer um governo que seja capaz entender a nação, pois acredita que desta maneira é possível superar a pobreza, a insegurança, melhorar a qualidade educativa, entre outros aspectos ainda pendentes no país.
O segundo turno ocorrerá no dia 9 de março, porque para a vitória total em primeiro seriam necessários mais de 50% dos votos válidos, dos quais a FMLN esteve a apenas um ponto. Enquanto isso, começou outra etapa da campanha eleitoral, na qual ambos partidos totalmente adversos, afinarão suas estratégias e redobrarão esforços para conseguir a presidência.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina