Publicado 03/02/2014 20:26 | Editado 04/03/2020 16:46
É com ânimo renovado que dou início a este novo ciclo de debates, tecendo soluções para reverter a contradição fundamental do Maranhão: temos um estado com tantas riquezas e condições naturais extremamente favoráveis, mas que não consegue dar passos mais largos na qualidade de vida dos maranhenses, em decorrência de um modelo político que sufoca o desenvolvimento do estado, privilegiando uma pequena elite de amigos do poder.
Em 2013, muitos relatos ouvidos Maranhão afora, oriundos de diferentes classes sociais, apontaram os caminhos que devemos trilhar a partir deste ano. Trago como exemplo o caso de um jovem de Presidente Dutra que estava prestes a concluir o Ensino Médio. Dizia ele que, apesar de ter muito empenho para estudar e alcançar um diploma universitário, havia grande possibilidade de que seu desejo não fosse alcançado. Em meio a centenas de pessoas, Henrique fez um belo discurso sobre a vontade de crescer, mesmo com poucas oportunidades. Absurdos que o Maranhão bem conhece e precisa enfrentar para que sejam superados.
A boa política se faz com boas práticas. Acredito na troca de experiências e na força das ideias, agregando o conhecimento produzido desde os meios acadêmicos até aqueles emergentes da vivência. Esse é o ponto de partida para um programa de governo compartilhado e que abranja múltiplas perspectivas para o desenvolvimento do Maranhão.
Além das experiências colhidas em diálogos com milhares de maranhenses, trago comigo a bagagem humanista acumulada ao longo dos 30 anos que atuo na vida pública de nosso estado e do Brasil. Desde o movimento estudantil e a luta do movimento Diretas Já; na advocacia para sindicatos; na magistratura, buscando a solução mais justa para os conflitos da sociedade; posteriormente no Congresso Nacional como representante do Maranhão; e, mais recentemente, administrando o Instituto Brasileiro de Turismo, no Governo Federal, coordenando um setor responsável pela geração de 900 mil empregos (o turismo internacional).
Nos próximos dias, deixarei a presidência da Embratur e me dedicarei exclusivamente à causa de construir um Maranhão mais justo para todos. Essa tarefa, por ser tão grandiosa, é uma construção solidária e participativa. Foi este o sentido principal que imprimi nas ações implementadas ao longo da minha vida e pretendo intensificá-las para contribuir ainda mais em busca de dias melhores para o Maranhão.
Chega de tristeza, de mesmice, de tragédias, de notícias ruins sobre o Maranhão expostas ao Brasil e ao mundo. Vamos virar essa página.
FLÁVIO DINO, 45, ex-deputado federal (PC do B-MA) e ex-juiz federal, é presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo)