Termina a Cúpula da Celac; abrem-se os caminhos da integração
A 2ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) terminou nesta quarta-feira (29), em Havana (Cuba), deixando abertos os caminhos para continuar avançando na integração deste bloco de nações.
Publicado 30/01/2014 05:21
Ao encerrar a reunião, o presidente cubano, Raúl Castro, disse que os documentos adotados reafirmaram o compromisso comum com os valores fundacionais do bloco.
Castro sublinhou que a cúpula enfatizou a convicção de que a unidade na diversidade e a integração latino-americana e caribenha constituem a única alternativa viável para a região.
Alcançamos – disse – importantes acordos sobre temas transcendentais, como a proclamação de uma zona de paz na área, e as regras e normas para garantir que a cooperação intrarregional e extrarregional redunde em benefícios tangíveis para esta comunidade.
Indicou que para a erradicação da pobreza é imprescindível mudar a atual ordem econômica mundial, fomentar a solidariedade e a cooperação e exigir o cumprimento das obrigações contraídas de ajuda ao desenvolvimento.
Segundo o presidente cubano, seu país seguirá trabalhando arduamente no seio da Celac e, em particular, como membro do Quarteto (integrado também pela Costa Rica, Equador e San Vicente y Granadinas) durante o presente ano para dar continuidade ao processo de consolidação do bloco.
Ao concluir a reunião de cúpula, Raúl Castro entregou a presidência pro tempore do agrupamento à chefe de Estado costarriquenha, Laura Chinchilla, que agradeceu a Cuba pela organização do evento.
Assumo o cargo com profundo compromisso, consciente de que durante um ano devemos ser um agente catalizador dos melhores interesses compartilhados por nossos povos, expressou a nova titular.
A Celac é uma tarefa de todos, "baseia-se em nossos compromissos e atuações nacionais, mas deve gerar consensos regionais que devem dar resultados", argumentou.
Transparência, abertura, regras claras, serenidade, prudência e liderança criativa foram as diretrizes que Chinchilla mencionou para a condução costarriquenha do agrupamento.
A América Latina deve ser uma região de paz, justiça e progresso assentada em instituições cada vez mas propícias à participação cidadã, sem exclusões nem discriminações, apontou.
Acabou a reunião de cúpula, e com ela vários dias nos quais a capital cubana foi o epicentro dos sonhos de Simón Bolívar e José Martí, que foram referência nos discursos de vários dos 29 chefes de Estado e governo presentes.
Para a presidenta argentina Cristina Fernández, o que não se pôde conseguir durante as guerras independentistas, começa a ser forjado em reuniões como esta, onde apesar das diferenças e da diversidade, conseguiu-se obter consensos sobre políticas e posturas comuns entre os 33 países integrantes da Celac.
É o que mostram a Declaração de Havana e outros comunicados especiais adotados na reunião.
Orlando Oramas Leon, da agência Prensa Latina
Tradução da Redação do Vermelho