“Escrevo pelo tino”, diz nova blogueira do Vermelho

A partir desta semana o Portal Vermelho conta com uma nova blogueira em seu time de blogs parceiros. Trata-se de Clarissa Peixoto, jornalista, poetisa, militante política, feminista. Autora do blog “Para não desaprender”, espaço que ela utiliza para falar sobre os acontecimentos cotidianos com um olhar de esquerda e uma linguagem literária.

Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho

blog para não desaprender

Esta é a primeira nova parceria do Portal Vermelho com blogueiros em 2014. O Para Não Desaprender, por se utilizar da literatura e da poesia para descrever o cotidiano, vai contribuir muito com o Prosa & Poesia, espaço voltado para arte e cultura do portal. Além, claro, de fortalecer o time de blogueiros que há muito já fazem parte da equipe.

Desaprendi comigo mesma a escrever, como fazia em diário protegido por chave que escondia segredo nenhum (…). Escrever é prática. Para não desaprender (se é que se sabia), vou escrevendo aqui coisas que o tempo, a preguiça e a autocensura protegem, como a chave do diário, os segredos que agora sei, não são segredos algum”, diz Clarissa em seu blog.
 
“Escrevo pelo tino, porque o corpo pede”, ela tenta explicar porque criou o blog há quatro anos. É tão expressiva que parece possível vê-la, pelo telefone, mexendo com as mãos enquanto fala. 

Clarissa já é colaboradora do Vermelho em Florianópolis (SC), onde vive, há tempos e então surgiu a vontade de contribuir de forma mais constante com o portal. Segundo ela, o blog é despretensioso. “Comecei justamente para não desaprender de escrever coisas despretensiosas, claro que há análises políticas, resenhas de filmes e livros, coisas que vem na cabeça, mas tudo com um olhar de esquerda, um olhar progressista, feminista”.

Se diz “leiga em literatura”, mas tem bons livros de cabeceira. Clarissa gosta de Paulo Leminski, de Érico Veríssimo que “inspirou o meu nome”, e de literatura feminista. Destaca algumas escritoras, entre elas, Clarice Lispector e Cecília Meireles, porque gosta “do olhar da mulher sobre as coisas”.

A luz se faz toda a registrar. Como caligrafia que se percebe a conjugar. Como fosse a fotografia, que imprime a linha, a silhueta e, de certo, é toda colorida, embora possa desbotar”, trecho da publicação mais recente, Colorida.
 
Jornalista e militante, Clarissa é a coordenadora geral da União Brasileira de Mulheres em Santa Catarina, colabora com a Rede Nacional Feminista de Saúde e com o portal Desacato.

Confira o blog Para Não Desaprender aqui.