Wadson: Pré-candidatura de Jô pauta debate programático em Minas
O cenário nacional vai se desenhando com a candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição, tendo em Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) como seus principais adversários. No caso de Eduardo, Marina Silva (PSB) sinaliza pela vice-candidatura. Já o nome que deverá compor a vice de Aécio ainda é alvo de disputas no tucanato.
Por Wadson Ribeiro*
Publicado 29/01/2014 10:39 | Editado 04/03/2020 16:49
Após uma queda da aprovação em meados de 2013, resultado das manifestações de junho, Dilma retoma aos poucos patamares mais significativos de aprovação. O baixo crescimento econômico acumulado em seu governo e o desafio da realização da Copa do Mundo são pontos de preocupação que precisam ser encarados com determinação para não comprometerem a reeleição de Dilma.
Do ponto de vista político, têm sido exitosas as movimentações no sentido de um amplo leque de forças em torno do projeto da reeleição. O PMDB, ao que tudo indica, caminhará com Dilma. Tendência essa que deverá ser acompanhada por um conjunto de partidos que hoje já integram a base. Atualmente, apenas PSDB, DEM, PPS, PSB, Solidariedade e Psol não têm possibilidades de se unirem à frente em torno de Dilma.
No entanto, muita água ainda deverá rolar até as eleições. Diante deste cenário, o PCdoB tem o desafio de contribuir mais uma vez de forma decidida na vitória do campo democrático, popular e desenvolvimentista. Dando à Dilma, a quarta vitória consecutiva dessa frente.
Governo de Minas
Em Minas Gerais, teremos uma candidatura do PSDB, provavelmente liderada pelo ex-deputado Pimenta da Veiga. Os tucanos dizem que anunciarão o nome até a segunda quinzena de fevereiro. No PT, consolida-se a candidatura do ministro Fernando Pimentel. O PMDB apresenta o nome do senador Clésio Andrade. E o PCdoB coloca em evidência a candidatura da deputada federal Jô Moraes.
A pré-candidatura de Jô Moraes ao governo tem se mostrado acertada. Ajuda a romper, nesse estágio da batalha, a tendência de uma eleição binária entre PT e PSDB. Nossa pré-candidatura pauta um diálogo com variados setores que estão órfãos de um debate programático e político sobre Minas. Além disso, emula nossa chapa estadual e fortalece o Partido para o centro da nossa tática que é a eleição de dois deputados federais.
A eleição para o governo do estado coloca-se como uma oportunidade ímpar de vitória para as forças progressistas. Após um longo ciclo de vinte anos de poder exercido pelo condomínio tucano neoliberal, poderemos agora iniciar um novo período. A vitória do nosso campo significará o reencontro de Minas com o seu desenvolvimento, com os avanços sociais e com a liberdade.
Dessa maneira, o PCdoB-Minas estará mergulhado no desafiador projeto de reeleição da presidenta Dilma Rousseff e na construção de uma candidatura ao governo do estado que dialogue com os movimentos sociais e redirecione Minas Gerais no rumo do desenvolvimento. O Partido também assume nas eleições deste ano o compromisso de dobrar a bancada comunista na Câmara Federal e na Assembleia mineira, ampliando sua representatividade nos espaços de poder e contribuindo de forma cada vez mais dinâmica para a consolidação de um projeto democrático e progressista no estado.
* Wadson Ribeiro é presidente do PCdoB-Minas