China: Lições da Segunda Guerra Mundial devem ser garantidas

Em declarações à imprensa em Pequim, a porta-voz do governo, Hua Chunying, elogiou o pedido de desculpas do presidente alemão, Joachim Gauck, ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, pelo sítio a Leningrado, nos 70 anos da liberação da cidade.

A forma com que os líderes de uma nação refletem da história decidirá o futuro deste país, disse Hua, ao recordar que a ordem internacional moderna, sob a liderança da Organização das Nações Unidas (ONU), é edificada sobre a vitória mundial contra o nazismo e o fascismo, apesar das vastas críticas ao funcionamento e à politização desse sistema e do direito internacional institucionalizado a partir de então pelas potências ocidentais.

“O resultado vitorioso da Segunda Guerra Mundial e a ordem internacional do pós-guerra são as pedras angulares da paz, da estabilidade e da prosperidade da comunidade internacional de hoje, e necessitam de proteção da sociedade internacional”, afirmou a porta-voz.

Hua ressaltou a celebração dos 70 anos da vitória mundial, em 2015, na guerra contra o fascismo, e disse que a China trabalhará com a comunidade internacional para salvaguardar a justiça histórica e proteger esta vitória, assim como a paz mundial, a estabilidade e a prosperidade.

Os elogios de Hua à ação do presidente alemão foram interpretados como uma recriminação ao Japão por sua negativa em reconhecer a brutalidade das suas tropas na Ásia, durante a guerra mundial, e um chamado à suspensão dos tributos militares deste país a criminosos de guerra homenageados no Santuário xintoísta Yasukuni.

A visita do premiê Shinzo Abe e do conselheiro de Estado Yang Jiechi ao santuário aos combatentes japoneses desde o fim do século 19 (inclusive 14 criminosos guerra) foi considerada uma afronta pelos chineses, que foram as maiores vítimas do colonialismo brutal do Japão.

Fim do bloqueio a Leningrado

Centenas de pessoas participaram em uma encenação histórica para marcar o 70º aniversário do fim do bloqueio a Leningrado pelas tropas nazistas. Para comemorar, autoridades russas reconstituíram a primeira batalha da campanha pela liberação o sítio alemão, que durou 872 dias e resultou na morte de 800 mil pessoas a 1,4 milhão de pessoas.

A encenação foi feita em uma ponte da vila Porozhki, o local exato da primeira batalha, em janeiro de 1944. Durante a reconstituição, atores usaram tanques T-34 e a única réplica existente no mundo de uma artilharia auto-propelida Marder 2D, alemã, para recriar uma batalha realística.

Assista aqui o vídeo da encenação divulgado pela emissora Russia Today.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina e da Russia Today