Propina de Alstom a tucanos ainda pode virar CPI em SP
O líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, ainda acredita na possibilidade de criação de uma CPI na Casa para investigar as denúncias de corrupção envolvendo autoridades do estado e a empresa francesa Alstom. De acordo com o parlamentar, a bancada teve acesso a documentos em posse do Ministério Público da Suíça, onde tramita investigação contra práticas de corrpção por parte da empresa.
Publicado 24/01/2014 16:19
Em São Paulo, de acordo com Marcolino, o Legislativo encontra dificuldades de investigar o tamanho e a responsabilidade pelos prejuízos causados ao cofres públicos porque toda tentativa de formação de CPI é obstruída pela maioria comandada pelo governador Geraldo Alckmin. “Como o PSDB obstruiu a investigação no ano passado, vamos continuar tentando neste ano. Vamos procurar pré-candidatos ao governo que façam este debate e para que seus deputados assinem o pedido de CPI para a investigação ocorra o mais rápido possível e a população não seja ainda mais prejudicada”, afirma o deputado.
Ele se refere terem sido verificados na Suiça o envolvimento de pessoas ligadas a secretarias de governo, ao Palácio dos Bandeirantes, ao Tribunal de Contas dos Estado e a partidos políticos, que teriam recebido pagamento de propinas de 15% sobre contratos de US$ 45,7 milhões. As relações suspeitas teriam sido iniciadas em contratos com as empresas de energia em 1998, depois com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e já estariam chegando a serviços prestados a outras áres do governo.
A denúncia partiram de um ex-diretor da Alstom, André Botto, para a justiça da França. Desde o ano passado, a Alstom e outras empresas estão sendo acusadas de formação de cartel e pagamentos de propina nas gestões do PSDB, no governo do estado de São Paulo. Em entrevista concedida a um portal de notícias, o ex-presidente FHC. disse que a formação de cartel no estado de São Paulo não tem vinculo com o PSDB. “Acho que tem que ser apurado. Se trata de suborno, parece óbvio, de funcionários. Qual é o elo disso com o governador ou com o partido? Eu não vi nem indício”, afirmou.
Em nota a empresa afirmou repudiar as acusações e lamentou que a investigação não seja sigilosa. Na assembleia Legislativa, faltam quatro assinaturas para que o pedido de CPI para apurar o caso seja viabilizado.
Fonte: Rede Brasil Atual