Em programa de rádio, Alice Portugal fala sobre as Eleições 2014
A deputada federal do PCdoB-BA Alice Portugal foi a entrevistada de Mário Kertész, da Rádio Metrópole, nesta quinta-feira (9/1), e falou sobre o aquecimento para as eleições desse ano. Entre os assuntos tratados, estão os boatos de que seria vice de Rui Costa, a relação com a candidata ao governo Lídice da Mata (PSB) e com o PT, e a candidatura à prefeitura de Salvador, em 2012. Confira os principais trechos.
Publicado 09/01/2014 16:09 | Editado 04/03/2020 16:15
Eleições 2014
Na Bahia, há uma tendência muito forte de estarmos com o governador Jaques Wagner. Estaremos com a coalizão, a não ser que exista alguma circunstância, que não está no horizonte, mas não hostilizaremos a candidatura de Lídice da Mata. É tudo a mesma árvore e ela é uma pessoa que ajudou a construir esse projeto. A escola é boa [Lídice foi do PCdoB].
Vice-governadora
[A deputada é perguntada sobre os boatos de que seria vice de Rui Costa]. Essa possibilidade surgiu na imprensa, mas eu nunca recebi convite. Conversamos com o governador esse ano sobre o PCdoB, sobre os espaços que serão abertos, mas não se falou nisso. Não surgiu nem dele nem de Rui, que é um menino muito competente. Vamos conversar sobre isso se me procurarem, mas, até então, sou candidata a deputada federal. Eu quero voltar ao parlamento. Faço com sangue no olho, mantendo a rebeldia.
Candidata à prefeita
[Desisti da candidatura à prefeitura de Salvador, em 2012, porque] Não houve saúde política, naquele momento, mas eu estava pronta. Acho que faríamos um grande papel. Fui convidada à vice, mas declinei. Há momentos que precisamos ousar. Estamos juntos, mas não somos, necessariamente, iguais. Isso passou, mas eu sou do mundo da luta. Minha batalha continuou. Em 2013 estive entre os 100 nomes do Congresso, pelo saldo do trabalho. Eu gosto do Parlamento, faço com gosto.
PCdoB e PT
[O jornalista pergunta se o PCdoB é um partido a serviço do PT] De jeito nenhum. Em alguns estados, como o Maranhão, não estamos juntos. Em Pernambuco, vamos apoiar a presidenta Dilma [Rousseff] porque isso é uma decisão. No Espírito Santo, também não estamos com o PT. O PT também não nos apoiou com Manuela D’Àvilla, que é um fenômeno eleitoral para prefeita de Porto Alegre. A nossa aliança nacional com o PT é estratégica, mas não é uma automação.
Composição da chapa
Creio que precisa de um movimento social nesta chapa [majoritária do estado, liderada pelo PT], que nos garanta apego às raízes. Na política, a pior patologia é perder o discurso.
De Salvador,
Erikson Walla