Ligeiro aumento do emprego na Espanha esconde deterioração

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) estimou que a diminuição do desemprego, em 2013, comparada à de 2012, esconde a perda crescente de emprego, desde que o Partido Popular (PP) assumiu o governo. Segundo cifras oficiais divulgadas nesta sexta-feira (3), Espanha fechou o ano com 4.701.338 desempregados, uma redução de 147.385 em 12 meses.

O porta-voz do PSOE, Valeriano Gómez, ressaltou que, em comparação com dezembro de 2011, registrou-se um aumento de 279 mil desempregados desde que o PP começou a governar.

Gómez alertou que é preciso ter em conta, também, uma importante queda da população ativa, já que, de acordo com dados do terceiro trimestre de 2013, cerca de 370 mil pessoas deixaram de procurar emprego ou emigraram para procurar em outros lugares.

Da mesma forma, o porta-voz indicou que a taxa de cobertura de desempregados em 2011 era de 69% e, agora, de 61%, o que significa sete pontos percentuais a menos para as pessoas acolhidas pelo sistema comum de proteção.

A avaliação do PSOE adverte que se detecta também uma deterioração da qualidade do emprego. Os contratos temporários, indicou Gómez, continuam ocupando lugar essencial nos novos empregos: 92% em 2013.

Além disso, o representante atribuiu o maior crescimento do índice, em dezembro, a uma colheita agrária histórica, principalmente de azeitona, na região de Andaluzia, o que significou 82% dos novos empregos correspondem a contratações pelo regime agrário.

Com informações da Prensa Latina