Islamistas egípcios desafiam ordem oficial do terrorismo
Depois de o Governo Interino do Egito ter incluído a Irmandade Muçulmana na lista de organizações terroristas, o grupo anunciou um plano de protestos diários a partir de janeiro. O programa intitulado "Libertar, empoderar e manter a vontade popular" foi acordado no dia 24 de novembro e começará a ser executado de 4 a 25 de janeiro.
Publicado 27/12/2013 09:58
As passeatas abarcarão todo o Egito e se basearão na ideia "A vontade livre para derrotar o golpe e voltar à legitimidade", disse um porta-voz da IM, declarada ilegal no dia 5 de setembro.
A agenda de manifestações inclui o retorno à região ao lado da mesquita de Rabaa El Adawiya, no distrito da Cidade Nasser, e à praça Tahrir, ambas na capital, Cairo.
Desde o final de junho, dezenas de milhares de membros da IM estiveram concentrados nos arredores da mesquita até sua expulsão à força na madrugada de 14 para 15 de agosto, com um saldo de 600 mortos, segundo números oficiais.
A difusão do programa de protestos é também uma ação que desafia a polêmica Lei de Manifestações, que regula as reuniões públicas com mais de 10 pessoas, demanda autorização policial prévia e estabelece que as marchas devem ser realizadas longe de edifícios públicos e instalações militares e policiais.
Além disso, é um desafio ao clima de tranquilidade que as atuais autoridades têm prometido para a realização, nos dias 14 e 15 de janeiro, do referendo constitucional que deve dar passo às eleições presidenciais e legislativas em meados de 2014.
Fonte: Prensa Latina