Protestos marcam início da cúpula europeia na Bélgica

Milhares de pessoas protestaram nesta quinta-feira (19) em Bruxelas contra as políticas de austeridade e de belicismo na União Europeia (UE), ao mesmo tempo que se realiza a última cúpula do bloco neste ano, prevista para durar dois dias na capital belga.

Segundo informou a organização Agir pela Paz, as forças de segurança prenderam pelo menos 14 manifestantes que bloquearam o acesso à Agência Europeia de Defesa.

Desde as primeiras horas do dia, membros de cerca de 50 organizações sociais e sindicais tomaram as avenidas que dão acesso ao centro da cidade, convocadas pela Aliança D19-20, nome em referência à data da cúpula.

O objetivo dos manifestantes é denunciar as medidas de reajuste, inclusive os cortes de investimentos sociais, aplicados em numerosos países europeus para salvar os bancos durante a crise econômica.

Também recusam a política de crescente militarização na Europa e os subsídios às empresas de armamentos.

Outro propósito da manifestação é se opor ao acordo de livre comércio que os Estados Unidos e a UE negociam, o qual -advertiram- está sendo feito em segredo e sem o consentimento da população.

"Esta cúpula é ilegítima. Está a serviço dos bancos, das multinacionais e do armamentismo. Isso não é o que nós desejamos", declarou Felipe Vankeirsbilck, um dos organizadores.

A cúpula, que reunirá os chefes de Estado e de Governo do bloco dos 28, terá como temas prioritários a União Bancária e os planos de defesa.

Antes do encontro, os ministros de Economia e Finanças atingiram um acordo sobre o Mecanismo Único de Resolução Bancária, um ente comum com capacidade de liquidar e resgatar instituições financeiras insolventes.

Fonte: Prensa Latina