Centro de Combate ao Racismo começa a funcionar em Salvador
O Governo da Bahia inaugurou, na última terça-feira (17/12), em Salvador, o Centro de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, instalado no Edifício Brasilgás, entre as Avenidas Carlos Gomes e Sete de Setembro, região central da cidade. Segundo no Brasil especializado no enfrentamento às discriminações raciais, o centro é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), em parceria com 21 entidades do poder público e da sociedade civil.
Publicado 18/12/2013 18:34 | Editado 04/03/2020 16:15
"O Centro é uma referência para a pessoa que sofre com racismo. É mais um incentivo na luta contra a discriminação racial e funciona em parceria com a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, onde as pessoas podem trazer todas as suas demandas, que serão acolhidas e direcionadas, de acordo com as necessidades, para órgãos específicos", comentou o governador Jaques Wagner.
A unidade possui biblioteca com livros ligados ao tema, mapeamento dos terreiros de candomblé no Estado e profissionais especializados em psicologia, pedagogia, assistência social e jurídica, para cuidar dos casos de vítimas de racismo e de intolerância religiosa.
Parcerias
“Este centro vai ser muito importante por conta das demandas das populações negras. Será mais um espaço institucional na defesa destas comunidades, e traz mais segurança, uma vez que elas serão ouvidas e atendidas”, afirma o presidente do Instituto Palmares, Danilo Moura.
O centro vai trabalhar em parceria com a Rede de Combate ao Racismo e a Intolerância Religiosa, formada por entidades do poder público e da sociedade civil organizada, segundo o secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio.
“A pessoa chegando aqui, será orientada a procurar um destes 21 órgãos que estão dispostos a apoiá-la nesta questão, são órgãos como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública, as Universidades e as entidades do movimento social”, explica o secretário.
Acolhimento
Além de atendimento à população, no local será possível realizar pesquisas, cursos de capacitação e formação, fóruns, debates e trabalhar na defesa dos direitos da população negra.
“Aqui vai ser um espaço de acolhimento e também de encaminhamento das demandas que chegarem. Criamos aqui as condições para que o Governo do Estado seja um parceiro importante e também pelo fato da população negra ser bastante numerosa, submetida em vários momentos a condições de discriminação. Portanto, um lugar para que isso seja acolhido, uma forma de prevenir o racismo”, disse a ministra da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros.
Fonte: Secom-BA