Michelle Bachelet é favorita em segundo turno neste domingo

O Chile vai às urnas neste domingo, para decidir, em segundo turno, quem ocupará a Presidência da República. A ex-presidenta (2006-2010), Michelle Bachelet, desponta como favorita. Ela conseguiu 46,6 por cento dos votos no primeiro turno das eleições, há um mês, e de acordo com analistas não deve ter dificuldades para superar novamente a adversária conservadora Evelyn Matthei, que ficou com 25,01 por cento dos votos na primeira votação.

Contudo, alguns analistas pontuam que pode haver grande abstenção. Segundo a Agência Prensa Latina, o deputado José (Pepe) Auth, calculou que no domingo exercerão o voto seis milhões de pessoas, cerca de 700 mil a menos que no primeiro turno realizado em 17 de novembro último, quando houve também eleições para as duas casas do Congresso Nacional e para conselheiros regionais. O Chile tem pouco mais de 13 milhões e 500 mil eleitores e o voto é facultativo.

O especialista em eleições considerou que se a ex-presidenta Bachelet conseguir atrair apenas um terço dos eleitores que sufragaram no primeiro turno o candidato do Partido Progressista, Marco Enríquez-Ominami, e pelo independente Franco Parisi, teria grandes possibilidades de somar três milhões e 800 mil votos, o que equivaleria a 63 por cento dos sufrágios.

A partir desta estimativa, sua rival no segundo turno, a candidata da aliança direitista, Evelyn Matthei, receberia dois milhões e duzentos mil votos, o equivalente a 37 por cento.

Segundo os resultados de uma pesquisa divulgados no final de novembro, Bachelet conquistará no segundo turno a maioria dos votos recebidos no primeiro turno por Marco Enríquez-Ominami e Parisi, que obtiveram 10,98 e 10,11 por cento, respectivamente.

Ambos declararam que não votariam no segundo turno, mas analisam que Bachelet ganhará, fizeram declarações gentis sobre a candidata socialista e criticaram sua adversária direitista.

As duas candidatas encerraram suas campanhas na última quinta-feira (12). A palavra agora está com os eleitores, que decidirão quem sucederá o direitista Sebastan Piñera.
Michelle Bachelet defendeu em sua campanha um audacioso programa de reformas sociais e a mudança da Constituição herdada da ditadura de Pinochet. Foi apoiada desde o primeiro turno pelo Partido Comunista.

Com Prensa Latina