Ucrânia sofre a ingerência de União Europeia e Otan
O apoio de líderes europeus à oposição ucraniana é uma ingerência nos assuntos internos do país que serve aos interesses geopolíticos da União Europeia e da Otan e não ao bem-estar do povo ucraniano.
Publicado 09/12/2013 17:35
Assim comentou o historiador e jornalista Ingo Niebel a respeito das atitudes de apoio aos agitadores que ocupam o centro de Kiev feitas pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pela chanceler alemã, Angela Merkel e vários partidos conservadores alemães.
"O que a União Europeia e a Otan querem é ampliar sua margem de operação, chegando ao mais próximo possível das fronteiras com a Rússia. Se estão dando as mãos agora na Ucrânia é porque querem se apoderar da Rússia", disse o especialista à emissora de televisão a cabo russa Russia Today.
Segundo Niebel, essas forças querem iniciar um efeito dominó na Ucrânia que depois se precipitaria sobre o poder estabelecido em Minsk, algo semelhante ao que aconteceu entre 2005 e 2006.
O especialista ressaltou também que o partido ucraniano Udar (que significa "golpe, pancada"), do boxeador Vitaly Klitchko, colabora com fundações políticas próximas à União Democrata Cristã de Angela Merkel.
Está previsto que na próxima terça-feira (10) o presidente ucraniano Viktor Ianukovitch, converse com três ex-dirigentes do país para encontrar vias para dar uma solução à atual situação, derivada da suspensão da assinatura do tratado de associação econômica da Ucrânia com a União Europeia, decidido em fins de novembro.
"Durante o preparo dos protestos, em particular na véspera de sua radicalização, e nos últimos dias podia ser observada uma insólita agitação e aumento de visitas ao país por parte de especialistas em protestos e no trabalho com o público", escreveu no Facebook o deputado do Partido das Regiões, Oleg Tsariov, no poder.
Segundo Tsariov, um desses especialistas é Fink Brian (Gómez), um "estadunidense que está promovendo na sede da oposição a ocupação de noventa edifícios e que insiste para que as operações sejam realizadas da maneira mais agressiva possível, com vítimas".
O deputado elaborou uma lista de estrangeiros que, segundo ele, ameaçam a Ucrânia, apresentando junto à ela uma solicitação ao Ministério de Relações Exteriores e ao Conselho de Segurança para que proibam a entrada destas pessoas no país.
Com agências