Lula: A construção do Brasil passa pela população negra
A Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) esteve reunida, no final da manhã desta terça-feira (3), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tema do encontro foram as políticas para negros e quilombolas, uma prioridade dos últimos dez anos de governo.
Publicado 03/12/2013 15:58
A ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, lembrou que, ao nomeá-la ministra, Lula ressaltou: “Você tem a obrigação de priorizar o tratamento aos quilombolas. Se você não fizer, ninguém fará”. Ela, que foi ministra de 2003 a 2008, lembrou os avanços conquistados e as dificuldades enfrentadas.
“A construção desse país passa pelo povo negro”, destacou Ivo Fonseca, do Quilombo Frechal (Mirinzal), do Maranhão. Ele ressaltou que os negros estiveram excluídos durante muito tempo do processo constitucional de construção do país. “Não queremos um país só para os negros, queremos um país igual para todos”.
A questão dos territórios quilombolas também esteve em pauta: “O quilombola terá sua emancipação quando tiver seu território assegurado”, destacou Ronaldo dos Santos, secretário de cultura de Paraty e quilombola do Campinho da Independência. Dados da CONAQ mostram que: “Até o final de 2002, o Brasil só sabia da existência de pouco mais de 700 comunidades quilombolas em todo território nacional. Hoje o governo reconhecer oficialmente cerca de 2.200 e já admite a existência de mais de 3.500 comunidades”.
Lula ressaltou a importância do tema e reafirmou seu comprometimento com o povo negro e quilombola. Ele afirmou que coisas que pareciam impossíveis, como a aprovação das cotas, conseguiram ser viabilizadas. “Nós avançamos muito na questão do negro no Brasil, mas tínhamos 500 anos de defasagem”.
Também estiveram presentes os deputados estaduais de São Paulo Leci Brandão (PCdoB), Marco Aurélio e Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
Fonte Instituto Lula