Novo ânimo para Cristina: presidenta convoca união dos argentinos
Com as energias renovadas e após 40 dias afastada do trabalho por conta de uma operação, a presidenta argentina, Cristina Kirchner, juramentou os novos ministros e pronunciou-se publicamente diante de uma multidão que cercou a Casa Rosada (sede do governo) nesta quarta-feira (20), Dia da Soberania Nacional.
Publicado 21/11/2013 15:15
A presidenta da Argentina, que havia estado na sede do governo pela última vez no dia 4 de outubro, foi ovacionada pela multidão de militantes que cercou a casa do governo para celebrar o seu retorno. Cristina Kirchner se emocionou quando os presentes começaram a cantar “Cristina, Cristina, coração, aqui tens seus filhos para a liberação”.
“Quanta falta senti de vocês”, exclamou a mandatária, que aproveitou o ensejo para repassar algumas vitórias de sua gestão e dirigir uma mensagem de confiança aos jovens. “Temos que convocar a todos os argentinos. Temos que deixar de lado as frases que só servem para manchete dos jornais, as queixas ou as desqualificações. Temos que começar a discutir programas, ideias e estamos dispostos a escutá-los porque não somos fechados”, disse ela.
Não por acaso, nesta primeira alocução, a chefe de Estado voltou a afirmar a necessidade de que o país alcance a soberania energética, “por isso recuperamos e desenvolvemos a petrolífera YPF”. Ela prevê que, através da empresa, serão concluídos acordos mais convenientes e que envolvem transferência de tecnologia. Cristina anunciou também que o Estado vai fazer o maior investimento em transporte ferroviário urbano "para melhorar a competitividade".
Cristina disse ainda que é preciso “seguir aprofundando o modelo, para que ninguém, nunca mais, possa arrebatar o que corresponde aos argentinos por direito” e pediu que os argentinos unam esforços neste sentido.
Segundo ela, “o grande compromisso democrático que necessita” para que seus esforços “continuem valendo a pena” é que “todos os dirigentes argentinos, qualquer que seja o partido, se comprometam a sustentar o trabalho, a indústria nacional, a ocupação dos trabalhadores, a educação, a ciência e a tecnologia”.
Antes de seu discurso, Cristina Kirchner fez o juramento de Jorge Capitanich como novo chefe de Gabinete; de Axel Kicillof, como ministro da Economia; de Carlos Casamiquela, como titular da Agricultura, Pecuária e Pesca.
Esses foram três dos nomeados anunciados na segunda-feira (18) depois que a mandatária retomou suas funções. Ela também nomeou Juan Carlos Fabrega para dirigir o Banco Central e Ignacio Forlon à frente do Banco Nacional.
Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações de agências de notícias