UBM na luta pelo fim da discriminação e do preconceito
A UBM, que tem buscado enfrentar concretamente o racismo, executou o projeto: “Combate a discriminação e exclusão da mulher negra no acesso ao atendimento à saúde” no município de São Paulo, como uma ação concreta pelas políticas públicas. Neste 20 de novembro, a entidade estará nas ruas com os movimentos sociais para lutar pelas politicas afirmativas para a população negra.
Publicado 20/11/2013 18:18
A entidade, com 25 anos de história de lutas pela defesa dos direitos e emancipação da mulher, completados neste ano, reafirma seu compromisso pelos direitos humanos, direitos estes que promovam o respeito e valorizem a diversidade e o protagonismo da mulher negra, pela liberdade e pela construção de um mundo justo, fraterno e solidário.
A luta da UBM é de apoio as cotas raciais em universidades e concursos públicos; pelo fim do genocídio contra a juventude negra; pela desmilitarização das polícias, além de um debate democrático sobre um novo modelo de segurança pública para o país.
No Dia da Consciência Negra, a UBM reafirma a luta ainda em defesa da Lei 10.639, que traz a obrigatoriedade do ensino da História e cultura africana e afrobrasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio nas escolas; os quilombolas e as religiões de matriz africana; o fim da violência contra mulheres negras e homossexuais, além da garantia de seus direitos.
Repúdio à Justiça
A UBM também manifesta seu repúdio a decisão judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, em caráter liminar, o feriado de 20 de novembro, em Curitiba (PR). O ministro do STF, Gilmar Mendes, negou o pedido da Câmara Municipal de Curitiba e baseou a decisão na falta de informações da ação de reclamação.
Antes dessa decisão, o feriado havia sido suspenso provisoriamente pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), depois do pedido da Associação Comercial do Paraná (ACP), que argumentou motivos econômicos para que o Dia da Consciência Negra não fosse efetivado.
Para a UBM, a justificativa da ACP é uma injustiça para com a população negra curitibana, que reclama no calendário da cidade apenas um dia para homenagear o seu herói negro – Zumbi dos Palmares – e para promover a conscientização sobre as contribuições da população negra para a nossa sociedade.
Momento de celebração
Dia 20 de novembro é mais um dia de luta, pois marcamos com muito orgulho o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi. Também é dia de Dandara. Ele, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e ela, Dandara, guerreira negra, heroína deste mesmo Quilombo.
Nesta data, momento de celebração, mas acima de tudo momento de luta para enfrentar a dominação patriarcal, racista e a exploração capitalista que foram tecidas nestes 513 anos de história do Brasil. Momento de lutar contra o preconceito e a discriminação que dificulta e tira a vida de mulheres e de homens em todo o país.
O Brasil, apesar de ter avançado nas políticas públicas, em especial nos últimos dez anos, ainda figura como um dos países mais violentos com mulheres e homossexuais. Mulheres negras sofrem ainda mais com a tríade da violência machista, racista e sexista. Precisamos combater toda herança da escravidão no Brasil, entendendo como um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos, defende representante da UBM.
Da Redação em Brasília
Com informações da UBM