Meta de crescimento chinês enfrenta desafios da crise mundial
São necessários grandes esforços se a China quiser cumprir a meta de crescimento do comércio de 8%, já que as circunstâncias continuam severas dentro e fora do país, disse, nesta terça-feira (19), um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.
Publicado 19/11/2013 11:23

A China está sofrendo pressões de fraca demanda externa, crescentes custos no país e concorrência acirrada no exterior, afirmou Shen Danyang em uma coletiva de imprensa mensal.
Nos primeiros dez meses, o volume total de comércio chinês aumentou 7,6% ante o ano passado, abaixo da meta anual de 8%, mostraram dados de alfândega.
Shen informou que a recuperação da demanda externa ainda era incerta, pelo que o Fundo Monetário Internacional cortou a previsão de crescimento econômico global para 2,9%, ante 3,1%.
As empresas nacionais ainda sofrem com o aumento de custos, parcialmente devido à rápida valorização da moeda chinesa Renminbi, ou yuan, que reduz a lucratividade delas, segundo o porta-voz.
A taxa de câmbio efetivo real do yuan, uma média ponderada das taxas de câmbio ante outras moedas, subiu 6,63% durante os primeiros nove meses, de acordo com Shen. Os exportadores chineses também enfrentam o aumento de custos trabalhistas e muitas pequenas e médias empresas acham difícil ou caro conseguir empréstimos.
Shen também disse que a China tem que responder à crescente concorrência com outras economias emergentes e países em desenvolvimento, se esforçando ainda mais para desenvolver seus setores orientados à exportação. Esses países são Rússia, Brasil, Índia e outros. "Com muitos esforços, será possível atingir os 8% de meta do crescimento do comércio", declarou.
Fonte: Xinhua
Tradução da Rádio China Internacional