Presidente iraniano adverte sobre exigências do Grupo 5+1
As negociações do Irã com o Grupo 5+1 poderão ser torpedeadas por exigências consideradas excessivas, segundo disse nesta segunda-feira (18) o presidente do país, Hassan Rouhani.
Publicado 18/11/2013 16:58
Rouhani assinalo durante conversa telefônica com seu colega russo, Vladímir Pútin, que nas conversações da semana passada em Genebra, na Suíça, houve um "bom progresso, mas todo mundo deve precaver-se de que as demandas excessivas podem complicar o processo no rumo de um acordo", segundo veiculou a emissora de televisão iraniana PressTV.
As formulações constituem uma resposta tácita a declarações do presidente francês, François Hollande, que prometeu ao premiê israelense Benjamin Netanyahu, que se oporá a um acordo entre Teerã e o Grupo 5+1, a menos que o Irã cumpre quatro condições.
As exigências francesas se referem a colocar todas as instalações nucleares iranianas imediatamente sob vigilância internacional, deter o enriquecimento de urânio a 20%, diminuir as reservas de combustíveis nucleares e suspender a construção da usina de Arak, onde há um reator de água pesada.
A França integra o G5+1, do qual também fazem parte os Estados Unidos, a Rússia, a China e o Reino Unido, todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mas a Alemanha.
Consideramos que "não deve existir uma situação na qual seja afetada a vontade das partes de alcançar um acordo mutuamente aceitável", sublinhou o chefe de Estado persa em seu diálogo com Pútin.
Na semana passada o Irã assinou um acordo com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, para que inspetores do organismo da ONU visitem o reator de água pesada de Arak e a mina de urânio de Gatchin.
O gabinete israelense reagiu furiosamente diante da possibilidade de um acordo que termine com a pressão que as potências ocidentais praticam contra o Irã por causa de seu programa de energia nuclear, o que daria um grande passo para a suspensão das sanções econômicas, financeira e políticas que os Estados Unidos e seus satélites praticam contra o Irã, e Netanyahu reiterou suas ameaças de um ataque contra as instalações nucleares iranianas.
Fonte: Prensa Latina