Chanceler iraniano desmente EUA sobre falta de acordo nuclear
O ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohamed Javad Zarif reagiu nesta terça-feira (12) contra as declarações do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, após a reunião entre o Irã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) sobre o programa nuclear persa, realizada durante este fim de semana em Genebra, na Suíça.
Publicado 12/11/2013 12:05
Kerry havia dito que um acordo ainda não havia sido alcançado por negativa do Irã, já que o G5+1 (formado pelos cinco embros de Conselho de Segurança mais a Alemanha) se mostrara coeso. Zarif, entretanto, rechaçou a afirmação.
Segundo a mídia internacional, o secretário de Estado norte-americano disse que o Irã não estava “pronto para aceitar” a proposta elaborada pela França, que pressionou por termos mais duros.
Já o ministro persa, membro da delegação que vem impulsionando os diálogos e ressaltando a sua disposição para as negociações, reagiu à alegação. “Senhor secretário, por acaso foi o Irã quem mudou a metade do texto dos norte-americanos na quinta (7) à noite e fez a afirmação contrária na sexta (8) pela manhã?”, escreveu o chanceler, em sua rede social.
Kerry também acusou o Irã de não aceitar os termos postos pelas potências em troca de um “aliviamento” das sanções internacionais impostas há décadas ao país.
As delegações diplomáticas nas conversações têm dado declarações positivas sobre o desenrolar do processo e sobre os posicionamentos do Irã, que, ainda assim, reafirma o seu direito a um programa nuclear de fins pacíficos, como nação soberana, membro da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Entretanto, o chanceler francês Laurent Fabius mantém posição contrária, com a formulação de termos mais exigentes e com declarações mais pessimistas sobre o processo.
Ainda assim, nesta segunda, a Aiea e o Irã anunciaram um acordo importante, que prevê o maior acesso dos inspetores da agência a instalações nucleares chave no país.
Com agências,
Da redação do Vermelho