Bolívia pretende implantar energia atômica nos próximos anos
Segundo informações publicadas pelo jornal boliviano La Razón nesta terça-feira (29), durante a abertura de um encontro sobre hidrocarbonetos, o presidente da Bolívia, Evo Morales, propôs trabalhar algumas alternativas ao gás e, dentre elas, sugeriu a energia nuclear com fins pacíficos.
Publicado 30/10/2013 11:04
A Bolívia realiza estudos para gerar energia nuclear já nos próximos anos. Evo Morales anunciou que o desenvolvimento desta alternativa vem sendo conversado com a França e a Argentina.
“Se o gás acabar em 50 anos, de que energia a Bolívia vai viver?”, questionou o presidente, que disse acreditar que parte dos recursos econômicos provenientes do gás deve ser invertida em outros setores energéticos.
Morales criticou ainda a posição de algumas grandes potências que se opões ao uso dessa energia por nações mais pobres e opinou que isso acontece por razões políticas. “Por que não ter energia atômica com fins pacíficos? Temos total condição; temos estudos, sabemos como juntar isso e como implantá-los”, garantiu o mandatário boliviano, que em abril deste ano considerou “repensar” esse desafio, depois do terremoto e tsunami que atingiu o Japão causando o desastre na usina de Fukushima.
Contudo, Morales deixou claro que a busca por alternativas não implica em deixar de lado o fortalecimento da política de exploração e industrialização dos hidrocarbonetos. Durante o encontro, ele anunciou ainda a construção de uma planta petroquímica que demandará o investimento de 5 bilhões de dólares.
De acordo com o diretor geral do Instituto Boliviano de Ciência e Tecnologia Nuclear (IBTEN), Luis Romero, para desenvolver um programa atômico, o país vai precisar de 10 milhões de dólares e cerca de 5 anos para construir os reatores. Para Romero, os resultados de um projeto como esse beneficiariam a medicina, a indústria e a agricultura.
Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações do jornal La Razón