Palestina pede na ONU que Israel assuma compromisso pela paz

A Palestina demandou perante o Conselho de Segurança da ONU que o regime israelense assuma um compromisso real com a paz entre dois estados vizinhos, que ponha fim ao longo período de conflito e às agressões dos sionistas. 

Em uma sessão do Conselho realizada na última semana para analisar a situação do Oriente Médio, o embaixador palestino, Riyad Mansour, advertiu que a impunidade e a indiferença que as autoridades israelenses demonstram constituem o principal obstáculo para alcançar a paz com as negociações em curso.

As partes retomaram em 29 de julho último em Washington conversações para pôr fim a um antigo conflito, atiçado nos últimos 55 anos com guerras e posteriores ocupações sionistas acompanhadas por assentamentos ilegais, repressão, massacre e genocídio contra o povo palestino, revelando que o sionismo cometeu crimes de lesa-humanidade. Nunca foi aplicada inteiramente a decisão da ONU de 1947 de criar o Estado israelense e o Estado palestino. Somente o Estado sionista foi criado.

Se persistir a atual situação depois de quase três meses do reinício das conversações, por culpa de Israel se perderá mais uma vez uma oportunidade de alcançar a paz verdadeira, alertou o representante da Missão Permanente de Observação da Palestina nas Nações Unidas.

Mansour denunciou que enquanto estão em marcha as negociações, prosseguem a construção de assentamentos ilegais, o bloqueio à Faixa de Gaza, os ataques em Jerusalém Oriental a mesquitas, as campanhas de terror e as sistemáticas violações dos direitos humanos dos palestinos.

O diplomata palestino advertiu que essa conduta reforça a ideia de que Tel Aviv só utiliza o diálogo como uma manobra diversionista para materializar suas pretensões de ocupação.

Para Mansour, não há dúvidas de que Israel pretende anexar de fato as terras palestinas com a política de novos assentamentos, enquanto acalma a pressão internacional.

Representantes de diversos países intervieram no debate durante a reunião do Conselho de Segurança para respaldar a causa da Palestina, demandar seu reconhecimento como um membro pleno das Nações Unidas, com Jerusalém Oriental como sua capital e as fronteiras anteriores à ocupação israelense em 1967 da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Por sua parte, o subsecretário geral da ONU Jefrey Feltman considerou que existe uma oportunidade de alcançar a visão de um Estado palestino e outro israelense vivendo com paz e segurança de um lado e do outro.

Por seu turno, o embaixador do regime israelense na ONU, Ron Prosor, pediu para que seu país não seja apontado como o culpado pelo estancamento na solução do conflito.

A reunião considerou propostas como a da Nicarágua de declarar 2014 como o ano da solidariedade internacional com a Palestina e o chamamento aos Estados Unidos para que deixe de vetar no Conselho de Segurança as aspirações do povo palestino de se incorporar à ONU com plenos direitos.

Com Prensa Latina