Evo Morales: Morrerei lutando contra o imperialismo
Durante comemoração de seu aniversário de 54 anos, o presidente da Bolívia, Evo Morales afirmou, neste sábado (25), que morrerá anti-imperialista. O discurso foi realizado em ato público no pequeno povoado rural de Lagunillas (sudeste). Os moradores de Lagunillas o presentearam com bolos de aniversário diversos, ponchos e mantas de lã.
Publicado 26/10/2013 15:30
"Só quero dizer, neste dia tão importante para Lagunillas, quero dizer-lhes: Evo Morales morrerei anti-imperialista, não importa de onde vierem as ameaças e ofensas", disse o presidente.
Morales foi o primeiro indígena a assumir a presidência da Bolívia desde sua fundação, em 1825, Morales adotou desde que chegou ao poder, em janeiro de 2006, uma política de viés nacionalista e de esquerda.
Assim que chegou ao poder, nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos, esfriou as relações com os Estados Unidos, expulsou em 2008 o embaixador americano, e reorientou as relações internacionais para países como Cuba e Venezuela.
Morales, que nasceu no pequeno povoado andino de Isallavi, em 26 de outubro de 1959, também convocou seus seguidores a fortalecer a política governamental que a situação batizou de "revolução democrática e cultural".
Ainda durante o discurso, o mandatário boliviano destacou que seu "melhor é mais esforço, mais compromisso, trabalhando para o povo boliviano", afirmou.
Em seguida, emendou: "o melhor presente para mim, dos movimentos sociais, sejam operários ou (indígenas) originários, é como aprofundar o anti-imperialismo, o anti-neoliberalismo e o anti-colonialismo, este seria o melhor presente dos movimentos sociais, dos dirigentes sindicais".
Discursando em seguida para os militantes de seu partido, afirmou: "o melhor presente para mim seria unidade, unidade, mais unidade. A unidade será a derrota do império e o triunfo do povo boliviano e o triunfo do mundo inteiro".
Morales chegou ao poder, após derrotar a direita nas eleições no final de 2005, quando obteve nas urnas 54% dos votos e foi reeleito em 2008 com 64% de apoio eleitoral.
Fonte: Terra