Morales lamenta assassinato de agentes por cocaleiros na Bolívia

Em uma coletiva de imprensa,  o presidente boliviano, Evo Morales, lamentou nesta terça-feira (23) a morte de quatro membros da Força de Tarefa Conjunta (FTC), quando trabalhavam para eliminar plantações excedentes de coca. Os homens foram mortos por um grupo armado de cocaleiros, que resiste à erradicação da coca ilegal no município de Apolo.

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Da cidade de Tarija, Morales lamentou os fatos e assegurou que o governo não abandonará as famílias das vítimas, ao mesmo tempo em que considerou inaceitável a posição dos autores da emboscada.

"Em nome do governo nacional, queremos lamentar e repudiar os fatos nos quais quatro irmãos foram mortos a tiro, militares, policiais e médicos, (e) dizer às famílias dos quatro irmãos que o governo não vai abandoná-los", comentou o chefe de Estado.

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Segundo o mandatário, "houve um planejamento militar para resultar os quatro irmãos bolivianos mortos, 14 feridos a tiro e mais de 15 feridos".

Nas ações no município de Apolo, em La Paz, morreram o subtenente das Forças Armadas Oscar Gironda, o cabo da polícia Johnny Quispe, o suboficial da marinha Wily Yucra e o médico Michel Olivares. Olivares e Yucra estavam desaparecidos desde o sábado (19), mas seus corpos só foram encontrados na segunda-feira (21), com marcas de tiros.

Uma comissão do Ministério Público, integrada por dois promotores, investiga os fatos em Apolo, enquanto em La Paz interrogam a 13 cocaleiros presos.Na Bolívia o cultivo da coca é legal, mas apenas em lugares e quantidades limitadas, enquanto milhares de plantações excedentes são destruídas todo ano pela Força de Tarefa Conjunta.

Depois dos fatos ocorridos, o governo boliviano solicitou o fechamento parcial de sua fronteira com o Peru a fim de impedir a fuga dos envolvidos no ataque a agentes governamentais. A Bolívia suspeita que traficantes peruanos possam estar por trás da emboscada. 

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina