Rússia e China assinam acordos energéticos cruciais
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, iniciou nesta segunda-feira (21) uma visita de dois dias à China, e foi recebido por seu homólogo, Li Keqiang, em uma cerimônia na praça Tiananmen. Medvedev assinou um acordo de 85 bilhões de dólares com Keqiang, para o fornecimento de petróleo ao país asiático, nesta terça (22), na expansão do comércio energético entre os dois gigantes vizinhos.
Publicado 22/10/2013 11:02
Os dois governos também concordaram em construir uma refinaria de petróleo conjuntamente, em Tianjin, ao leste de Beijing, de acordo com o primeiro-ministro russo, em comentários postados no portal da agência chinesa de notícias, Xinhua, recolhidos de um fórum virtual do qual Medvedev participou.
As declarações do premiê russo sugerem que os dois governos podem estar comprometidos com a aceleração da expansão do comércio energético, que foi reduzido antes do acordo sobre preços e sobre outros detalhes.
De acordo com Medvedev, citado pela Xinhua, a maior produtora de petróleo da Rússia, Rosneft irá abastecer a China com mais 70 milhões de barris de óleo cru por ano, por 10 anos.
O acordo “demonstra o fato de que alcançamos um nível mais alto e totalmente novo de cooperação”, disse Medvedev, em comentários publicados pela agência chinesa.
A China é o Mercado energético que cresce mais rapidamente no mundo. Dados do governo dos EUA mostram que o país asiático ultrapassou o norte-americano em setembro como o maior importador de petróleo, impulsionado pela venda de automóveis e pelo forte crescimento econômico.
O governo chinês estabelece o acordo com a Rússia para o fornecimento do recurso energético em uma medida de redução da dependência do óleo importado do Golfo Pérsico, que passa por momentos de severa instabilidade.
As companhias de energia russas operam dois oleodutos que transportam petróleo à China, e outro que entrega gás ao país. De acordo com a Xinhua, a China importou 170 milhões de barris de petróleo da Rússia em 2012.
A refinaria de Tianjian terá uma capacidade anual de 110 milhões de barris, de acordo com a Xinhua, citando o premiê russo. Ela será construída pela estatal China National Petroleum Corp., que será dona de 49%, e pela Rosneft, que possuirá 51%.
Com agências,
Da redação do Vermelho