Protesto dos beagles: ativismo ou ignorância?

Luisa Mell, uma das mais notórias defensoras dos animais no Brasil, convocou pelas redes sociais uma manifestação contra o Instituto Royal, que realiza pesquisas científicas com cães da raça beagle; "nós é que pagamos toda a crueldade que é realizada aqui", disse ela pela YouTube, antes de clamar pelo "Ocupa São Roque".

O protesto fechou a Rodovia Raposo Tavares, teve a participação de black blocs e terminou com carros da imprensa e da polícia incendiados; para a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, foi um ato marcado pela ignorância.

Notória defensora dos animais, a ativista Luisa Mell postou um vídeo no YouTube, em que convocava manifestantes a ocupar São Roque, em protesto contra o Instituto Royal, que realiza pesquisas farmacêuticas utilizando cães da raça beagle.

Veja o vídeo:

O protesto foi realizado na manhã deste sábado, teve a participação de black blocs, fechou a Rodovia Raposo Tavares e terminou com carros da polícia e da imprensa incendiados. Para a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, foi um ato marcado pela ignorância.

"Manifestantes que defendem os direitos dos animais e policiais militares entraram em confronto na manhã de hoje (19) após um protesto contra o Instituto Royal, na Rodovia Raposo Tavares, entre os quilômetros 55 e 56, em São Roque, no interior de São Paulo", relatou a Agência Brasil.

Para dispersar os manifestantes, que bloquearam os dois sentidos da rodovia e queriam se aproximar da sede do instituto, os policiais usaram bombas de efeito moral. Houve também depredação e fogo em veículos da Polícia Militar e da imprensa.

Desde a noite de quinta-feira (17) ativistas então no local. Na madrugada de sexta-feira (18), os manifestantes invadiram o instituto e levaram os animais. Eles acusam o instituto maltratar cães da raça beagle, ratos e outros animais usados em pesquisas laboratoriais.

Por meio de nota, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência informou que o Instituto Royal é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), criada para promover o desenvolvimento e a pesquisa de tecnologias inovadoras.

“O instituto realiza estudos de avaliação de risco e segurança de novos medicamentos. Todos os seus experimentos são conduzidos de acordo com protocolos utilizados internacionalmente”, diz o texto, ressaltando que as pesquisas atendem a todas as exigências feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte: Brasil 247