Estudantes chilenos saem às ruas por reforma educacional

Um mês antes dos comícios presidenciais, milhares de jovens das principais organizações estudantis chilenas convocaram para esta quinta-feira (17) uma nova jornada nacional de mobilizações, por uma profunda reforma educacional. A demanda da manifestação é por uma educação pública de qualidade, mas também por modificações no sistema.

estudantes

Dirigentes da Confederação de Estudantes do Chile (Confech), da Coordenadoria Nacional de Estudantes Secundaristas (Cones) e a Assembleia Coordenadora de Estudantes Secundaristas anunciaram que as marchas desta quinta-feira em todo o país têm como objetivo enviar uma mensagem aos candidatos presidenciais sobre a necessidade de reformar o sistema de ensino, herdado da ditadura de Augusto Pinochet.


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Na última quarta-feira, o presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Andrés Fielbaum, assinalou que a demonstração deve deixar claro que as mudanças na educação precisam levar em conta os critérios dos estudantes, dos pais e responsáveis e dos professores. Do contrário, não haverá “nenhuma mudança na educação que realmente valha a pena e, portanto, as mobilizações terão que seguir existindo nos próximos anos”, disse ele.

Por sua vez, o porta-voz da Cones, Moisés Paredes, pediu que os candidatos especifiquem melhor seus programas, especialmente quais as reformas que propõem para o setor educativo. “Não é possível que sigamos discutindo com os comandos, não é possível que tenhamos que dizer aos cidadãos que tudo se reduz a uma grande reforma educacional ou que os problemas serão resolvidos com uma educação gratuita”, refletiu.

O dirigente da Cones insistiu que a demanda do movimento estudantil não se reduz a gratuidade, mas também inclui reformas de caráter sistêmico que ainda precisam ser abordadas.

No último dia 5 de setembro, os protestos realizados no contexto do aniversário dos 40 anos do golpe de Estado contra o governo de Salvador Allende, os estudantes chilenos divulgaram um documento com cinco pontos: democracia e participação, educação pública e financiamento, acesso e excelência.

Entre outras sugestões, as propostas incluem um aporte financeiro para as universidades estatais, de modo que possam ser gratuitas, além de um aumento substancial nos aportes fiscais diretos.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina