China e UE buscam aprofundar relações comerciais e financeiras

Os 28 ministros do Comércio da União Europeia (UE) vão se reunir nesta sexta-feira (18), em Luxemburgo, para discutir a política comercial entre a UE e parceiros no Leste, as estratégias para a próxima conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a aprovação e autorização das negociações comerciais com a China.

Comissário da UE para o Comércio, Karel De Gucht disse que tem grandes expectativas sobre o acordo de investimento bilateral sino-europeu. Em um encontro com empresários da Câmara China-Europa, em Bruxelas (sede da Comissão Europeia), De Gucht revelou que a China e a Europa estão prontas para este acordo.

Dentre uma série de reuniões recentes com ministros europeus, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, encontrou-se com seu homólogo de Luxemburgo, Jean Asselborn, na finalização de um acordo sobre a comercialização de paineis solares entre a China e a UE. O assunto havia sido tema de disputa entre os dois parceiros comerciais.

     
        O chanceler da China, Wang Yi, tem participado de diversas reuniões com representantes europeus
        no contexto da intensificação das relações comerciais entre o seu país e a UE.

O comissário da UE sublinhou que os dois lados vão iniciar as negociações assim que tiverem autorização dos ministros do Comércio da UE, e o propósito é aprofundar temas de investimento, comércio, agricultura e turismo.

A agência Reuters apontou que os ministros do Comércio da UE vão autorizar a Comissão Europeia a negociar com a China o tratado de investimento, o que vai facilitar uma futura negociação do tratado de livre comércio sino-europeu.

Alguns temas de negociação são as taxas de importação e exportação e o nível do comércio realizado entre o bloco europeu e a China; De Gucht já afirmou, no passado, que o mercado chinês deve ser mais aberto.

A parceria estratégica entre a China e a UE baseia-se em um acordo de cooperação e comércio de 1985, mas passou a abranger também assuntos de relações internacionais e segurança, além de desafios como a mudança climática e a governança econômica global.

A UE é a maior parceira econômica da China, enquanto a China é a maior fonte de importações o bloco europeu, além de ser o segundo maior parceiro comercial para importações e exportações.

O comércio e as relações de investimento estrangeiro são uma grande parcela da economia dos dois lados, e a China tem aumentado consideravelmente o seu investimento no continente europeu.

Com informações da Radio China Internacional,
Da redação do Vermelho