Ministro do Esporte fala sobre megaeventos e garante sucesso
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, foi à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (16), para, em audiência pública na Comissão de Turismo, falar sobre os planos e programas da pasta. Ele lembrou que a Copa das Confederações transcorreu em meio às manifestações de junho e terminou com uma bela festa e a vitória do Brasil. E que a “na Copa do Mundo, nós teremos essa festa”, disse, criticando os que apostam que nada vai dar certo e os preconceitos contra o futebol.
Publicado 16/10/2013 19:13
“Pode haver renúncia fiscal de milhões para indústria automobilística, mas para o futebol nada ou quase nada se permite”, afirmou, insistindo em dizer que “a festa vai ser realizada; seis estádios já foram entregues, são bonitos, e faltam seis para ser entregue até dezembro”.
“Estamos gastando na Copa o que ficará no Brasil, a única coisa que não ficará é a taça, mas até aquilo acredito ficará aqui também”, brincou, anunciando a ideia de transformar o Parque Olímpico onde vão ocorrer os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 em universidade pública federal do esporte. Ele disse que tem discutido essa ideia com o ministro da Educação, Aloísio Mercadante.
O ministro citou também uma pesquisa realizada pela empresa Ernest Young e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre os impactos econômicos dos grandes eventos. A pesquisa apontou que serão criados 3,6 milhões de empregos na Copa do Mundo e serão gastos R$3,4 de investimento privado para cada real investido pelo governo.
Em sua fala, Aldo Rebelo respondeu, por diversas vezes, as críticas da imprensa brasileira à realização dos grandes eventos. E manifestou estranhamento no fato da mesma imprensa que critica as despesas do Brasil nos preparativos da Copa do Mundo divulgar que o Japão lutou para sediar a Copa do Mundo em 2022 para recuperar o prestígio diante da China e melhorar a economia interna. “Eu pergunto: vale para o Japão e para nós não vale?” indagou Rebelo.
Ele lembrou ainda que a Alemanha sediou os jogos da Copa do Mundo em 2006, para se recuperar economicamente e apagar a imagem da Guerra Mundial e ressurgir como país integrado à Europa e ao mundo. E novamente indagou: “A Alemanha pode e o Brasil não pode?”
Contação de casos
Em sua fala, pontuada de contação de casos, Aldo Rebelo disse que o Ministro do Esporte do Reino Unido, em conversa com ele, disse que quando saísse do ministério pretendia ir novamente ao Carnaval da Bahia; e que um jornalista africano disse que a diferença entre estar na Europa e no Brasil, é que na Europa os negros são tolerados e, no Brasil, eles tem amigos e são felizes.
“Isso é a Copa do Mundo para o Brasil, além de gerações de emprego e renda”, afirmou o ministro, lembrando ainda que a Organização das Nações Unidas (ONU) quer fazer da Copa do Mundo um móvel da paz.
Para o ministro, os megaeventos esportivos, incluindo os Jogos Olímpicos, abrem possibilidades para muitas cidades, as que sediarão os jogos e aquelas que podem receber as seleções como centros de treinamento.
Ele destacou que todas as cidades Brasil afora estão se preparando, com vários canteiros de obras, e que tudo ficará por aqui – viadutos, aeroportos, toda a infraestrutura vai ficar no Brasil.
Jogos Olímpicos
Sobre a realização dos Jogos Olímpicos em 2016 no Rio de Janeiro, o ministro disse que além da preocupação com o legado, o governo está também preocupado com o resultado. “Não nos basta prepara uma olimpíada como grande evento de organização, precisamos também ter um desempenho compatível com o status de sede das Olimpíadas”, disse o ministro citando os dois principais programas do Ministério que foram criados para incentivar a formação e o desempenho dos atletas brasileiros.
O primeiro é o Plano Brasil Medalhas, que investe em equipamento, material esportivo e atleta; o segundo é o Bolsa Técnico, para o treinador e outros profissionais envolvidos no acompanhamento do atleta. “Nós apostamos que isso possa nos conduzir a um bom resultado”, disse Rebelo.
Ao prestar conta dos programas e ações do Ministério, Aldo Rebelo disse que “o Brasil é um país de muitas virtudes, tenho grande amor e apreço pelo meu país, e os grandes problemas são as desigualdades e nos fazemos da política nacional no Ministério um meio de reduzir essas diferenças”, ao defender a ideia de nacionalizar os equipamentos esportivos que estão sendo construídos para o treinamento dos atletas para as Olimpíadas e Paralimpíadas, insistindo em dizer que as melhorias que o esporte proporcionam ao país serão extensivas a todos os estados, do Amazonas ao Rio Grande do Sul.
De Brasília
Márcia Xavier