Paramilitares amedrontam a população na Colômbia
Em vários estados no sul e norte da Colômbia, grupos paramilitares seguem intimidando e assassinando líderes populares e defensores de direitos humanos. Segundo uma nota da agência Prensa Rural, nas últimas semanas houve assassinatos de ativistas em Meta, Sucre, Huila, Antioquia, Norte de Santander e Nariño. Mais de 10 líderes foram mortos.
Publicado 14/10/2013 14:28
Em Putumayo, vários médicos, educadores e dirigentes comunitários encontram-se ameaçados. Na última sexta-feira (11) o presidente do Conselho da cidade de Porto Assis, Luis Celis, foi encontrado morto.
No sábado (12), o Movimento de Vítimas de Crimes de Estado (Movice) denunciou a morte do advogado e ativista social Ricardo Rodríguez, assassinado por dois pistoleiros no estado de Meta.
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Vários líderes comunais temem por suas vidas. Números divulgados recentemente pelo programa Somos Defensores, revelam que desde o início de 2013 já foram assassinados mais de 35 ativistas e defensores de direitos humanos, outros 86 se encontram ameaçados de morte, 21 têm sofrido atentados constantes e 153 têm sofrido com agressões individuais.
Segundo informações da agência Rural, os paramilitares se reorganizaram para executar planos ofensivos de extermínio. Nesse município, de acordo com a fonte, "pululam os paramilitares na praça principal, com a complacência da polícia e os militares. O mesmo sucede em Mocoa e em Sibundoy".
Um dos casos mais recentes aconteceu em Palmarito, no Norte de Santander, onde cerca de 500 pessoas tiveram que fugir depois das ameaças dos paramilitares ligados ao narcotráfico. O corregimento de Palmarito é controlado pelos grupos Los Rastrojos e Urabeños, que praticam extorsão de maneira sistemática à população local.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina